Evangelista analisa pontos somados em comparação com João Pedro Sousa
Treinador do Famalicão fez metade dos pontos em sete jornadas do que os alcançados por João Pedro Sousa em 26 partidas
Aconteça o que acontecer no resultado entre o Famalicão e o Casa Pia, a equipa comandada por Armando Evangelista vai terminar a edição 2023/24 da Liga em oitavo lugar. O último adversário da temporada é o Casa Pia, num encontro agendado para as 18h45 de sexta-feira.
«Em termos de classificação, este jogo vale três pontos. Para o que são os nossos propósitos, vale muito mais. Este jogo faz parte do campeonato, por isso vamos encarar com seriedade e com vontade de terminar com um espetáculo para os nossos sócios, até para deixar água na boca para a próxima época. Há outros objetivos menores, mas que para mim valem muito, tais como não querer sofrer golos para que esta seja a temporada do Famalicão com menos golos sofridos, conseguir a melhor sequência (3) de vitórias, além de querer dar visibilidade aos nossos jogadores. Queremos manter o plantel motivado e criar o hábito de querer ganhar», disse, esta quinta-feira, o treinador do Famalicão na antevisão.
Armando Evangelista referiu ainda que não irá fazer uma revolução no onze contra os gansos, confessando, no entanto, que preparou o duelo «de forma diferente».
«Tenho de sobrepor os objetivos do clube aos pessoais. Se os do clube forem cumpridos, os pessoais ficam valorizados, mas o mais importante a destacar é a evolução que houve no clube. Quando entrei, estávamos a cinco pontos da linha de água e o meu primeiro jogo foi em Barcelos, em igualdade pontual (28) com o Gil. Hoje temos mais 14 pontos, metade dos que tínhamos [até à jornada 26]. Isto resume a forma como toda a estrutura do clube aceitou as nossas ideias e colocaram-nas em prática.»
O contrato do treinador de 50 anos com o clube famalicense termina em 31 de maio. Até lá, haverá uma reunião com Miguel Ribeiro, presidente da SAD, para falar acerca do futuro no Minho.
«Vamos sentar-nos e fazer um balanço do que ficou estipulado pela direção aquando a minha entada. Se olhar para o papel do treinador, hoje é bestial e amanhã é besta, dificilmente tem estabilidade, mas tenho aceitar e tentar dar o meu máximo. Por onde passo entrego-me de corpo e alma. Cada clube tem os seus predicados e as exigências que posso colocar, ou a direção a mim, serão diferentes das de outros clubes maiores», disse Evangelista, no comando técnico dos famalicenses desde 20 de março, somando quatro vitórias, duas derrotas e dois empates.
Armando Evangelista abordou novamente a possibilidade de perder jogadores no mercado de verão, realçando que o Famalicão tem mostrado «vontade de continuar a crescer».
«Pelo historial, desde que regressou à Liga, a vida do Famalicão tem sido esta, faz e desfaz, mas com vontade de continuar a crescer. Mesmo assim, o clube tem demostrando, e provavelmente não há exemplo em Portugal, um crescimento tão rápido, seja na construção de uma academia, de vender jogadores, boa faturação…».