Ainda não havia consumado a permanência na Liga e já o Estrela da Amadora seguia o seu planeamento para a próxima temporada ao exercer a continuidade de algumas mais-valias cujos direitos não pertenciam aos quadros da SAD, mas sobre os quais esta acredita que poderá obter frutos não apenas desportivos, como acima de tudo financeiros, de acordo com o seu potencial e rendimento desportivo. Assim, os tricolores realizaram novo consciente esforço financeiro. Cerca de duas semanas depois de ter avançado para a aquisição de 70% dos direitos económicos de André Luiz junto do Flamengo por cerca de meio milhão de euros, o Estrela decide novamente abrir os cordões à bolsa, desta feita para acionar a cláusula de compra do passe de Léo Jabá junto do São Bernardo, modesto clube brasileiro que milita na Série C, terceiro escalão do futebol brasileiro, e que garante um pequeno jackpot com o experimentado extremo de 25 anos. O Estrela paga, como acordado no acordo de empréstimo celebrado, uma verba a rondar os 400 mil euros e os fundamentos deste investimento serão os mesmos que motivaram os amadorenses a avançar para a compra de André Luiz: ambos são considerados imprescindíveis desportivamente para Sérgio Vieira e também para a própria administração, que não enjeitaria aproveitar a valorização dos respetivos passes no mercado nacional e internacional. Desta forma, ao garantir controlo absoluto – ou pelo menos, maioritário – sobre os direitos de André Luiz e Léo Jabá, o Estrela não apenas garante a continuidade de duas peças importantes com as quais a SAD conta para o plantel da próxima época, como salvaguarda um eventual encaixe oriundo de possíveis ofertas pela contratação destes dois atletas. Algo que, em função das épocas positivas que realizaram, poderá mesmo vir a estar em cima da mesa. André Luiz destacou-se na sua primeira época em Portugal, com quatro golos em 28 partidas. Por seu turno, Jabá cumpriu um total de 33 jogos, com cinco golos marcados e seis assistências, tendo num passado recente envolvido verbas avultadas de transferência e merecido o interesse de clubes de nomeada como os três grandes de Portugal. Com 25 anos e uma época de ambientação ao futebol português, o atacante pode não apenas justificar a verba agora investida pelo emblema da Reboleira na sua contratação como garantir um lucro bastante substancial. O mercado o ditará, mas a SAD estrelista acreditará encontrar-se, nestes processos, em win-win situation, colhendo frutos desportivos, económicos ou ambos a curto e médio prazo.