Depois de vários dias em que esteve em destaque na Argentina, marcando presença nos jogos de despedida de Maxi Rodríguez e Juan Román Riquelme e continuando a ser alvo de múltiplas homenagens pela conquista do Mundial do Catar, Ángel di María, que muito em breve deverá ser oficializado como reforço do Benfica para 2023/2024, protagonizou entrevista na televisão pública argentina durante a qual deixou garantia muito animadora para os benfiquistas a propósito da fase que atravessa: «Estou no melhor momento da minha vida, sem dúvida. Com a minha mulher, com as minhas filhas, com o futebol. Consegui tudo e isso para mim é o principal. A minha família é o meu motor, o meu mundo, permite-me desconectar de tudo e é óbvio que ao estar bem nesse sentido, tudo o resto vem sozinho.» Ao longo de quase uma hora, Di María passou em revista a carreira e acabou por revisitar o verão de 2007, quando se transferiu pela primeira vez para o Benfica, curiosamente também depois de ser ter sagrado campeão do Mundo de sub-20. A decisão, recordou, não foi fácil e o Benfica bem pode agradecer à família de Di María por a mudança se ter concretizado, uma vez que, confessou o avançado de 35 anos, não teria vindo sozinho para Portugal. «Quando fui para Portugal, não queria ir sozinho. Disse-lhes que se não viessem comigo eu não ia. Era o salto que os futebolistas sempre querem dar e esse salto teria de ser com eles. Para dar-lhes uma melhor vida, para que o meu pai deixasse de trabalhar. Disse-lhes para virem comigo, que não tinham de trabalhar mais, que dependia tudo de mim, que ia fazer de tudo para poder dar-lhes uma boa vida [...] «Estávamos em casa, no meu bairro, sentados à mesa com o meu representante. Que me disse: 'temos esta opção, a decisão é vossa'. Olhei para o meu pai e disse: 'ou vamos todos, ou não vou!'. Chorámos juntos e decidimos que sim, o comboio só passava uma vez e tínhamos de agarrar-nos a isso. Graças a Deus aconteceu como pensávamos e a vida foi me dando muito mais coisas», contou. Veja a entrevista completa aqui: