Será na Linha de Cascais, mais precisamente no Estádio António Coimbra da Mota, que se defrontam duas equipas que têm vindo a impressionar nas últimas semanas e que pretendem terminar o ano civil da melhor forma: o Estoril pela qualidade exibicional e a cadência de resultados que tem demonstrado especialmente nos últimos dois meses, e o Farense pela consistência e capacidade defensiva que tem demonstrado nas últimas duas jornadas, nas quais salvaguardou duas igualdades importantes para as suas aspirações. O Estoril ocupa uma posição estranhamente incómoda tendo em conta as boas prestações e resultados que tem realizado (14.º), algo apenas justificável pelo periclitante início de temporada que levou a que os canarinhos surgissem em outubro no último posto da classificação da Liga. Com apenas uma derrota nas últimas cinco jornadas disputadas, o Estoril mostra boas credenciais, mas terá de voltar a confirmá-las e vencer sob possibilidade de regressar aos lugares de despromoção no final da jornada. Já o Farense, em posição mais tranquila – oitavo posto, partilhando o sétimo com o Famalicão – encontra nesta jornada mais um aliciante: em função de os famalicenses terem defrontado esta sexta-feira o Benfica e não evitado a derrota (3-0), o seu lugar na tabela está à mercê de um resultado positivo dos algarvios, que apenas precisam de empatar para conquistaram o sétimo posto e isolarem-se relativamente aos já referidos minhotos e também o Arouca, que na quinta-feira goleou o Estrela da Amadora, na Reboleira (4-1). ESTORILA passagem de Vasco Seabra pelo comando técnico do Estoril tem-se pautado pelo sucesso: agarrou o comando técnico da equipa com esta em situação complicada, no último posto e em crise de resultados, para melhorar a eficácia defensiva e até aprimorar a qualidade exibicional, com apenas quatro derrotas em doze jogos disputados, agregando todas as competições. Desta forma, o emblema da Linha de Cascais mantém-se em competição em ambas as Taças e mantém uma (curta) margem sobre os lugares de descida. Os bons resultados permitiram ainda fazer crescer alguns jogadores no capítulo da confiança e neste momento o Estoril detém várias opções válidas para todos os setores do terreno, permitindo ao técnico escolher em consciência e sem receio de diminuir a capacidade competitiva do conjunto. Onze provável (3x4x3): Marcelo Carné, Bernardo Vital, Eliaquim Mangala e Pedro Álvaro; Rodrigo Gomes, Jordan Holsgrove, Mateus Fernandes e Tiago Araújo; Rafik Guitane, João Marques e Cassiano.Lesionados: Erick Cabaco e Alex Soares. O que disse Vasco Seabra na antevisão à partida: FARENSEO histórico algarvio parece ter subido da Liga 2 para um regresso sereno e abençoado ao escalão principal. Cedo se afastou de correrias na luta pela manutenção e deu muito que fazer a todos os grandes do nosso futebol. Destacam-se certamente o triunfo contundente aplicado ao SC Braga, em setembro (3-1) e o recente empate em pleno Estádio da Luz frente ao Benfica, que representou uma verdadeira ode ao saber sofrer, com muito mérito do guarda-redes Ricardo Velho, que defendeu praticamente tudo o que havia para defender e segurou um importante ponto. Para motivar o conjunto de Faro relativamente a esta deslocação, José Mota olha para o seu grupo e vê-o quase completamente desanuviado em termos de lesionados – apenas Zé Luís será baixa certa. Onze provável (4x3x3): Ricardo Velho, Pastor, Zach Muscat, Gonçalo Silva e Talocha; Cláudio Falcão, Fabrício Isidoro e Mattheus Oliveira; Mohamed Belloumi, Marco Matias e Bruno Duarte.Lesionado: Zé Luís O que disse José Mota na antevisão à partida: