Foi com os toques de magia do número 10 que o Nacional conseguiu sorrir neste Campeonato. Luís Esteves aproveitou a bonita tarde de sol na Choupana e preparou uma festa para os adeptos insulares. Porém, em vez do tradicional bailinho da Madeira, o criativo português ligou as colunas ao som do não menos tradicional samba brasileiro. Afinal, o médio-ofensivo esteve diretamente ligado aos dois golos dos visitados, oferecendo o primeiro a Daniel Penha e iniciando a jogada que culminou com o tento de Isaac Tomich. Num duelo entre duas equipas que procuravam a primeira vitória nesta Liga, os instantes iniciais demonstraram que o Nacional era a equipa mais preparada para o conseguir. Tiago Reis (6 e 7 minutos) teve o golo no pé e na cabeça, mas Ricardo Velho, primeiro, e o poste, depois, impediram os festejos do ponta de lança. A resposta do Farense surgiu através de Tomané, que colocou Lucas França à prova, mas o lance acabaria invalidado por fora de jogo do ponta de lança. E ainda que ferido de legalidade, este foi o único remate do Farense em toda a primeira parte! Estamos entendidos quanto às críticas de José Mota, certo?... E como se já não bastasse ao experiente técnico a incapacidade quase total da sua equipa jogar de forma organizada, o Farense ainda sofreu mais em cima do intervalo: já depois de mais uma ameaça de Tiago Reis, Daniel Penha teve cabeça para dar o melhor seguimento a um cruzamento de Luís Esteves e subiu os decibéis das colunas da Choupana. O Nacional estava, de forma totalmente justa, na frente. Exigia-se uma reação dos algarvios e a verdade é que aconteceu. Ainda que de forma algo ténue. Elves Baldé, Miguel Menino e Rivaldo Morais (especialmente este último) tentaram o empate, mas a desinspiração era (mesmo) gritante. O Nacional foi sempre uma equipa adulta, baixou linhas sem nunca perder o controlo do jogo, e, em transição, já nos descontos, selou o triunfo: Luís Esteves começou a jogada, Adrián Butzke assistiu e Isaac Tomich faturou. E houve mais bailinho… ao som do samba.