O Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, foi recinto emprestado para o Palmeiras, de Abel Ferreira, receber o Cuiabá, treinado por Petit. Apesar de não jogar em casa, no Allianz Parque, isso não impediu o Verdão - e, em específico, Estêvão - de estar à vontade para fazer aquilo que quisesse do adversário. O parado quarto de hora inicial, finalizado com o golo de Murilo na sequência de má saída de Walter a um canto, terminou para dar início a um turbilhão Estêvão. Primeiro, com um grande passe, soltou Maurício, derrubado na área. O jovem de 17 anos assumiu a cobrança da grande penalidade e não vacilou. Ele, que já tinha assistido Murilo, decidiu estar em todos os golos até então: foi para cima da linha adversária, passou por um, por outro e rematou à base do primeiro poste. Aos 32 minutos, estava já 3-0. O Palmeiras não dava qualquer espaço ao adversário e mantinha a posse de bola, mesmo sem uma pressão sempre acertada. Já na compensação, Flaco López encontrou Maurício na pequena área, para o quarto antes do descanso. O Palmeiras pôde abrandar, mas isso não significava que Estêvão o fizesse: ganhou metros a Juan Tavares e serviu Felipe Anderson, que fixou o 5-0 final. À hora de jogo, com dois golos e outras tantas assistências no bolso, foi substituído e, com a sua saída, o jogo perdeu quase todo o brilho. Vitória incontestável de Abel, a dificultar ainda mais a vida a Petit, que ainda é penúltimo.
