É um dos produtos mais antigos fabricados em Alcochete. 13 longas épocas, quase todos os escalões de formação, capitão em grande parte delas, um ADN leonino do berço. Ligação umbilical muito forte, mas nem sempre correspondida pelo tribunal de Alvalade. Se existisse um ranking dos nomes menos consensuais no plantel… Ricardo Esgaio ocuparia, por certo, um lugar de topo. Mesmo sendo um homem da casa. Esta época, das muitas da carreira do lateral de 29 anos, será o melhor exemplo das muitas vidas, uma resistência quase inabalável, que o defesa parece ter em Alvalade. Tantas foram as vezes que tropeçou, mas sem nunca cair. Basta recordar o pontapé de saída desta época. Empate em Braga (3-3) e… bastaram seis minutos de Esgaio em campo. O ala direito ficou ligado ao golo do empate minhoto numa arrancada de Álvaro Djaló e, no final, foi alvo da ira de muitos adeptos. Tanto que foi obrigado a desativar as suas redes sociais. Um (mau) arranque que poderia ter sido fatal. Mas não foi. À defesa de Amorim seguiu-se o plantel, com destaque a Ugarte. «Que fácil é criticar sem mostrar a cara. Que fácil é esconderem-se atrás de uma conta anónima. Ao menos tenham coragem e usem as próprias contas», escreveu o médio uruguaio que saiu em defesa do colega de equipa, assim como Tiago Tomás: «2022 e ainda acham que este é o caminho...» E após um período de ausência (só voltaria a ser aposta num onze um mês depois…) Ricardo Esgaio regressou. Com ambição reforçada. Aproveitando todos os contratempos do titularíssimo Porro, seja por castigo ou problemas físicos. Mas novo golpe haveria de surgir, após exibições com o Marselha, na Liga dos Campeões, sobretudo no duelo em Alvalade, no qual o ala direito acabaria expulso aos 19’ minutos. Novo passo atrás, nova onda de críticas. E uma proteção que durou meses. Para se ter uma ideia: de novembro a 20 de janeiro de 2023, Ricardo Esgaio somaria apenas… 44 minutos. Leia mais na edição digital ou na edição impressa de A BOLA.
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