A Autoridade Tributária da Suécia recebeu, esta terça-feira, o inventário do património de Sven-Goran Eriksson, cerca de cinco meses após a morte antigo treinador sueco, que orientou o Benfica por duas vezes na carreira (1982-84 e 1989-92), vítima de cancro no pâncreas, aos 76 anos de idade. Segundo o jornal Goteborg-Posten, os bens e ativos, contas bancárias, de Eriksson ascendiam, aquando do falecimento, a 66 milhões de coroas suecas, cerca de 5,7 milhões de euros, mas o volume das dívidas (em Inglaterra e na Suécia) era bem maior, na ordem dos 118 milhões de coroas suecas, cerca de 10 milhões de euros. Por isso, a família do antigo treinador não terá direito à herança, revelou o advogado da família, Anders Runebjer. Grande parte das dívidas de Eriksson remonta a 2007, quando foi burlado em 10 milhões de euros por um empresário. «Ao longo dos últimos anos, o Sven-Goran pagou muitas das dívidas, mas, como tem mais dinheiro a dever do que ativos, segundo o inventário que foi feito, não há nada para distribuir aos herdeiros, mas nada disto foi surpreendente para a família», acrescentou o advogado, em declarações ao Aftonbladet. Meses antes da morte, Eriksson admitiu que «não fazia ideia» de quanto dinheiro tinha, acrescentando que nunca foram fatores financeiros a movê-lo ao longo da carreira. «Nasci pobre, provavelmente vou morrer pobre, mas vivi uma boa vida nesse intervalo», apontou ao Expressen. Para fazer face aos cerca de 4 milhões de euros em dívidas em Inglaterra e na Suécia, a família colocou recentemente à venda a mansão do ex-treinador junto ao lago Fryken, em Varmland, por 25 milhões de coroas suecas, aproximadamente 2,18 milhões de euros.