Foi uma das surpresas na equipa sportinguista no pós-pandemia, ainda na época de 2019-2020. Rúben Amorim lançou mão à formação e nos dez jogos finais dessa época Eduardo Quaresma foi titular em nove, falhando apenas o duelo com o Moreirense.Nuno Mendes, Tiago Tomás, Matheus Nunes e Joelson Fernandes foram os outros jogadores da formação que ganharam espaço no plantel nesse final de temporada atípico, mas desse quinteto Eduardo Quaresma e Joelson não conseguiram impor-se. Volvidos três anos, Eduardo Quaresma volta a ser convocado para os trabalhos da pré-temporada, numa oportunidade única para voltar a demonstrar serviço e que continua a ter condições para se impor na equipa sportinguista, ele que sempre foi central a jogar à direita na linha de três. Esse final de época de 2019/2020 parecia catapultar Eduardo Quaresma para a sua afirmação plena de leão ao peito. Mas o que aconteceu nas épocas seguintes demonstrou o contrário. Em 2020/2021 fez apenas três jogos pela equipa principal, uma parca utilização explicada também por algumas lesões; em 2021/2022 foi cedido a título de empréstimo ao Tondela onde teve oportunidade de jogar com regularidade e crescer (30 jogos); em 2022/2023 conheceu a primeira experiência no estrangeiro, para representar o Hoffenhein, em mais uma aposta perdida (fez apenas quatro jogos). Por isso, esta semana de trabalho que leva com o plantel principal e as seguintes serão determinantes para o central de 21 anos, que quer demonstrar serviço a Rúben Amorim e convencer o técnico que está um jogador diferente, mais maduro (o seu empréstimo ao Tondela teve muito a ver com essa necessidade de crescer). «As conversas com o Rúben Amorim foram quase sempre as mesmas: que tinha muito talento e que podia chegar muito longe, mas que tinha de mudar noutros aspetos como a minha mentalidade, a minha postura... mas sobretudo a mentalidade. Ele queria que eu crescesse nesse sentido», recordou o central, em entrevista antiga ao zerozero.
