Estoril Eclipse de Rosier coincidiu com queda da equipa
O Estoril vive dias difíceis na presente temporada, debatendo-se com uma série desinspirada que por esta altura justifica alguma desconfiança e apreensão. No passado fim de semana, a derrota em casa (1-3) com o Paços de Ferreira, último classificado da Liga, agravou a crise de resultados que recentemente se verifica.
Numa leitura prática, as jornadas que se seguiram ao Campeonato do Mundo pronunciaram a trajetória descendente da equipa, que, definitivamente, não entrou no novo ano da melhor forma. Em oito jogos entre janeiro e fevereiro conquistou apenas seis pontos: duas vitórias e seis derrotas, com cinco golos marcados e 11 sofridos.
Dá-se a coincidência de neste período a equipa ter ficado órfã de Rosier, uma das suas principais figuras no caminho que desembocou no regresso do emblema canarinho ao escalão principal. O papel do francês na subida de divisão - com conquista do título da Liga 2 - e na pacífica campanha primodivisionária em 2021/2022 cola-se a memórias bem mais felizes do que as mais recentes…
O processo de renovação não se transferiu para o papel, o médio caiu no esquecimento - não é utilizado na Liga desde 14 de novembro - e os estorilistas sentiram o vazio da sua ausência em campo. Nas 12 rondas do campeonato em que participou - falhou apenas uma das primeiras 13 - foi sempre titular e contribuiu para a conquista de 41 por cento dos pontos em discussão num período em que até houve duelos com os três grandes e o SC Braga.
Desde o eclipse de Rosier, o Estoril ficou-se por proveitos mais modestos do ponto de vista pontual - apenas 25 por cento -, o que acabou por espelhar uma perigosa queda na tabela: do 12.º para o 15.º lugar. A experiência de 89 jogos do médio com a camisola amarela poderá ser crucial para uma equipa em desassossego recuperar o equilíbrio emocional. A começar em Alvalade...