Chaves-Marítimo, 1-1 E tudo Carlos Daniel levou
Um grande golo do jogador maritimista nos últimos dez minutos de jogo anulou a vantagem flaviense e o sonho de terminar a jornada em lugar de 'play-off'
Matreirice com matreirice se paga. Ao longo da partida, deu a ideia que o Chaves seria o vencedor, com maior ou menor dificuldade, mas um golpe de génio traiu a exibição adulta dos comandados de Marco Alves.
Os flavienses entraram melhor no encontro e, nos primeiros minutos, André Ricardo rematou à figura de Gonçalo Tabuaço. O maior protagonismo com bola da sociedade de Pedros no meio-campo transmontano permitia facilmente quebrar a primeira linha de pressão maritimista e criar situações de superioridade numérica no território adversário.
Pelágio aproveitou o espaço concedido e por pouco não fez um golo de bandeira aos 18´. Apesar de apresentar uma frente de ataque totalmente composta por reforços de inverno, o Marítimo não conseguiu ser criativo na primeira parte, à exceção de um remate de Alexandre Guedes à meia volta, perto do intervalo.
O segundo tempo começou sem golos, mas Platiny fez questão que tal não durasse muito tempo. Aos 47´, Gonçalo Tabuaço defendeu para a frente um cruzamento rasteiro puxado de Aarón Romero e o avançado brasileiro aproveitou para inaugurar o marcador a favor do Chaves e trair a equipa que representou na temporada passada.
Em vantagem no marcador, a turma de Marco Alves assumiu o controlo da partida até aos últimos 20 minutos, nos quais os insulares começaram a justificar ao empate. Aos 71´, Fabio Blanco viu o poste direito da baliza de Vozinha negar-lhe o primeiro golo com a camisola do Marítimo e, um minuto depois, foi a vez de Guirrassy a ficar muito perto da glória com um remate cruzado que não passou longe.
Após sobreviver dez minutos de aperto maritimista, o Chaves já estava a sonhar com o lugar de play-off, até o despertador soar aos 85´. Na cobrança de um livre direto perto da linha de fundo, aparentemente sem perigo de remate, Carlos Daniel, que andava perdido no banco de suplentes de Ivo Vieira, desferiu um remate potente em arco que surpreendeu tudo e todos e encontrou morada no ângulo superior direito da baliza flaviense.
A festa no banco do Marítimo foi à altura do golo do antigo jogador do Nacional, que foi um autêntico balde de água fria nas aspirações flavienses de aproveitar os empates de Tondela, Penafiel e Torreense e subir um degrau na luta pela subida.