Mário Monteiro considera que Vlachodimos lida mal com a condição de suplente. O ex-preparador físico do Benfica, que integrou a equipa técnica de Jorge Jesus, recorda-se do momento em que o guardião grego nascido na Alemanha quis sair quando percebeu que tinha perdido a titularidade para Helton Leite. «Ele fica insatisfeito no banco e quando não joga só tem uma solução que é querer sair. Isso aconteceu connosco na era do Jesus e nisso o Jesus foi firme. A dada altura decidiu optar pelo Helton Leite e foi firme na sua decisão», disse, em declarações a A BOLA. «Vlachodimos deveria pensar que quando joga quem está no banco tem as mesmas hipóteses de jogar que ele tem se o treinador assim o entender. Se recentemente o treinador do Benfica [Roger Schmidt] nem no banco o colocou, e até da convocatória o tirou, acho que foi uma decisão muito assertiva, pois mostrou quem manda», afirmou Mário Monteiro, salvaguardando, porém, que o guardião é seu «amigo». «Ele sente a obrigação de ter de jogar sempre. E não é assim. Ao treinador é que compete decidir quem joga. Vlachodimos pode ser um bom guarda-redes, ter boas qualidades e ser um bom profissional, mas perde essas qualidades quando não aceita ser suplente», acrescentou. A saída, admite o preparador, é «inevitável». «Se houver boa oferta para o Benfica acho que deve concretizar esse negócio, está à vista que a decisão será essa. Encontrar um bom encaixe financeiro e vender o jogador porque ele está insatisfeito. E se o treinador entende que agora o guarda-redes que deve defender não é o Vlachodimos, ele não vai aceitar isso muito bem. Vlachodimos nasceu para ser sempre titular e isso não acontece no futebol.»
