14 março 2025, 09:37
Amorim «orgulhoso» com desportivismo de Dorgu, salvo um pormenor
Jovem ala disse ao árbitro do Manchester United-Real Sociedad que não tinha sofrido penálti
Jogador do Manchester United tem feito furor por ter dito ao árbitro do Manchester United-Real Sociedad para reverter a decisão de assinalar penálti a favor dos 'red devils', mas não é caso único de desportivismo no futebol
Desde pequenos que os jogadores de futebol são ensinados a terem fair-play. O desportivismo é uma parte fundamental do desporto, indispensável para o bom funcionamento das partidas e das competições.
Entre as rivalidades e as emoções próprias de um jogo de futebol, esta face do jogo por vezes fica esquecida, mas quando vem à tona, é sempre de salientar.
14 março 2025, 09:37
Jovem ala disse ao árbitro do Manchester United-Real Sociedad que não tinha sofrido penálti
Para celebrar o fair-play, A BOLA traz-lhe uma lista com algumas das melhores demonstrações de desportivismo no futebol, nos últimos anos.
A mais recente demonstração de desportivismo. Com o Manchester United a vencer o jogo dos oitavos de final da UEFA Europa League, frente à Real Sociedad, os red devils beneficiaram de uma grande penalidade.
Foi o quarto penálti do jogo, terceiro para o United, e surgiu quando o árbitro Benoit Bastien considerou que Patrick Dorgu tinha sido derrubado por Hamari Traoré. Mas, enquanto o lance estava a ser revisto pelo VAR, Dorgu optou por anular a decisão ele próprio, gesticulando para o árbitro que não foi falta – e o VAR concordou, anulando a grande penalidade.
De 2025, passamos agora para 1997. Nesse ano, ocorreu um incidente notável envolvendo Robbie Fowler, avançado do Liverpool, num jogo contra o Arsenal. O antigo internacional inglês foi derrubado na área pelo guarda-redes David Seaman, levando o árbitro Gerald Ashby a assinalar grande penalidade.
No entanto, o próprio Fowler contestou a decisão, acenando com as mãos em sinal de protesto para indicar que não havia falta. Apesar da sua honestidade, Ashby manteve a decisão e o penálti foi confirmado. Fowler assumiu a cobrança, mas rematou de forma deliberadamente fraca, permitindo a defesa de Seaman.
Pelo gesto, Robbie Fowler foi posteriormente condecorado pela UEFA.
O ex-FC Porto, por duas vezes, mostrou que é um jogador com fair-play. Na primeira ocasião, ainda pelos dragões, o extremo colocou a bola fora de campo, depois de um jogador do Shakhtar Donetsk se ter lesionado à sua frente.
Mais recentemente, já pelo Ah Ahli, Galeno voltou a fazer a mesma coisa, desta vez após a lesão de João Cancelo.
Em 1999, um jogo da Taça de Inglaterra, entre o Sheffield United e o Arsenal, de Arsène Wenger, estava empatado 1-1.
Depois de Lee Morris, avançado dos blades, ter caído lesionado, o guarda-redes Alan Kelly atirou a bola para fora de jogo para que o jogador pudesse receber tratamento.
Embora não seja uma exigência das leis do jogo, em situações como essa, tradicionalmente os jogadores adversários devolvem a bola. Foi o que Ray Parlour tentou fazer, mas Nwankwo Kanu, não familiarizado com o costume, correu para o lançamento e assistiu para Marc Overmars marcar.
O jogo terminou 2-1 para os gunners e, após a partida, Wenger propôs uma repetição da partida, por uma questão de fair-play. O jogo teve lugar 10 dias mais tarde e terminou novamente 2-1 para o Arsenal.
Um gesto de desportivismo diretamente da nossa Liga. Ao minuto 23 do FC Porto-Estoril, realizado em novembro de 2024, Pepê optou por abandonar uma jogada perigosa, depois de Pedro Amaral se ter lesionado, após uma disputa de bola entre os dois.
O gesto de fair-play do brasileiro foi distinguido pela Liga.
Lembrado, muitas vezes, pelas polémicas e pela forte personalidade, Paolo Di Canio também é recordado por este gesto. Em dezembro de 2000, o guarda-redes do Everton, Paul Gerrard, tinha deixado uma baliza aberta, depois de ter saído a correr da área para fazer um corte e se ter lesionado.
Ao receber um cruzamento, Di Canio apanhou a bola para parar o jogo em vez de rematar para a baliza vazia, o que lhe valeu uma ovação de pé por parte do público de Goodison Park. O antigo avançado do West Ham foi distinguido com um prémio de fair-play da FIFA por este momento.
Em 2007, os jogadores do Leicester afastaram-se para permitir que o Nottingham Forest marcasse um golo, num jogo de repetição da Taça da Liga inglesa.
O primeiro jogo foi abandonado quando o Forest estava a ganhar por 1-0, depois de um dos jogadores dos tricky trees – Clive Clarke – ter colapsado.
Na repetição, o Leicester quis que as coisas fossem justas e deixou que o guarda-redes do Forest, Paul Smith, entrasse em campo sem oposição para fazer novamente o 1-0. Os foxes acabaram por vencer por 3-2.
Miroslav Klose foi um dos goleadores mais mortíferos do século XXI, mas, além disso, era um jogador incrivelmente honesto. O avançado alemão jogava na Lazio, em 2012, e, num jogo contra o Nápoles deu vantagem à sua equipa logo aos três minutos, aparecendo para cabecear para o fundo da baliza após um canto.
Os jogadores do Nápoles protestaram fortemente, com as repetições a mostrarem que Klose tinha, de facto, colocado a bola na baliza com a mão. Ciente do que tinha feito, o avançado explicou o facto ao árbitro e o golo foi anulado.
#DAZNEuropa
Isto está cada vez mais azulado, alguma vez se pode comparar o que o Dorgu fez com a situação do Pepê? Além de já estarem a ganhar estavam muito por cima no jogo, e depois o favor foi devolvido. Já o Galeno (caso houvesse) devia ser galardoado com o prémio Nobel do fair-play.