A Direção do Benfica reuniu-se esta quarta-feira e presumia-se que em cima da mesa pudesse estar a discussão em torno do processo que envolve Domingos Soares de Oliveira, co-CEO da SAD encarnada. O debate deste tema, que, sabe-se, tem gerado alguma agitação interna (nos Órgãos Sociais há quem defenda o afastamento do administrador) e, até, externa (franjas de associados que têm assumido posição semelhante), não tem encontrado qualquer recetividade por parte do presidente benfiquista, que ainda no discurso de celebração do aniversário do clube voltou a pedir total espírito de unidade e foco nos interesses desportivos da época. Na reunião desta quarta-feia (habitual reunião semanal da Direção, normalmente às segundas-feiras, mas adiada pela jornada europeia), apurou A BOLA, o presidente Rui Costa terá voltado a ser claro quanto à exigência de estabilidade plena no clube para se enfrentar os difíceis desafios até final da época, que não demorará, afinal, muito mais do que dois meses. Apesar de toda a alegada contestação, o presidente do Benfica recusou transformar esta habitual reunião semanal de Direção numa mesa de discussão em torno do nome de Soares de Oliveira, confirmando, aliás, o que já na parte final de 2022 se escrevia neste jornal. «Rui Costa não abdica de Domingos Soares de Oliveira», foi título que fez, então, manchete em A BOLA, e assim permanecerá o líder máximo da Luz, que entenderá como prejudicial estar a falar de questões estruturais quando a conjuntura encarnada exige, na opinião dele, concentração de todos os esforços no sentido de levar o clube a regressar aos títulos, em particular no futebol. Até ao encerrar da época, parece, assim, afastado da cúpula do clube cenário de crise interna. Ver-se-á se todos seguirão os apelos de unidade lançados pelo presidente. Após o final do campeonato, então, sim, a posição de Domingos Soares de Oliveira voltará a merecer reflexão interna e a saída do co-CEO da SAD poderá, nessa altura, ser forte possibilidade.
