Diogo segurou a aflição, Francisco lançou reação: os destaques do FC Porto em Guimarães
Foto: FC Porto

Diogo segurou a aflição, Francisco lançou reação: os destaques do FC Porto em Guimarães

NACIONAL12.11.202300:35

Guarda-redes extraordinário a travar a excelente 1.ª parte do Vitória. Conceição criou os golos da reviravolta portista. Capitão Pepe voltou a ser traído pela condição física.

MELHOR EM CAMPO A BOLA: DIOGO COSTA (8)

A reviravolta do FC Porto começou na baliza. Defendeu o penálti de André Silva, e por pouco não dava conta também da recarga (17’). Nos minutos seguintes, que acentuaram o desnorte inicial dos dragões, manteve a equipa no jogo, com intervenções de grande nível, a negar golos a Jota (duas vezes), André Silva e Ricardo Mangas. Na 2.ª parte ficou menos exposto pelos colegas, mas ainda assim respondeu com a mesma eficácia, quando foi preciso segurar a vantagem portista, ao travar com o pé mais um remate de Jota, para depois evitar, com um mergulho junto ao poste, o remate ameaçador de Dani Silva. Um porto de abrigo para a reação portista.

JOÃO MÁRIO (5) — Foi um dos protagonistas, pela negativa, do desacerto portista na fase inicial do encontro. Porventura surpreendido pelo salto de João Mendes, meteu mão à bola e cometeu o penálti que deu vantagem ao Vitória, sendo que depois ainda teve uma perda de bola (na qual simulou falta) que deu origem a um lance perigoso de Jota. Na 2.ª parte conseguiu estabilizar a exibição, pelo menos no plano defensivo, embora sem conseguir assumir influência no ataque. 

PEPE (5) — Traído pela condição física, o experiente central teve de ser rendido por Fábio Cardoso (67’). Pouco antes tinha pedido penálti, reclamando um puxão de Mangas. Na primeira parte sentiu algumas dificuldades para controlar a forma como o Vitória atacava a profundidade com André Silva e Jota.

DAVID CARMO (5) — O central esquerdino sofreu bastante com a acutilância do ataque vitoriano (sobretudo com Jota), sendo que o baixo rendimento de Zaidu complicou-lhe ainda mais a missão. Foi algo impetuoso nos duelos, mas conseguiu evitar o cartão amarelo. Nos minutos finais assumiu influência acrescida no jogo aéreo, até pela ausência de Pepe.

ZAIDU (5) — Já devia ter as orelhas a arder quando assinou o golo do empate, tantos foram os sermões lançados por Sérgio Conceição na lateral oposta. Até então foram 39 minutos de evidente dificuldade, o que levou Jorge Sánchez para aquecimento bem cedo. O golo terá ajudado a que o treinador o deixasse regressar para a 2.ª parte, mas só deu para mais 10 minutos, e foi rendido por Galeno.

ANDRÉ FRANCO (4) — Jogou perto de Eustáquio, à frente de Alan Varela, no corredor central, mas nunca conseguiu encontrar tempo e espaço para lançar as unidades mais ofensivas da equipa. Discreto, portanto, cedeu o lugar a Taremi no início da 2.ª parte.

ALAN VARELA (5) — Na fase inicial do encontro sentiu dificuldades para encontrar o posicionamento adequado e impedir a forma como o Vitória lançava os ataques, sobretudo quando André Silva baixava no terreno para segurar jogo. Na 2.ª parte acompanhou os ajustes da equipa.

EUSTÁQUIO (5) — Procurou recuar no terreno para pegar na bola e orientar a equipa, sobretudo no período de maior desorientação, mas (também por isso) nunca conseguiu soltar-se no plano ofensivo.

FRANCISCO CONCEIÇÃO (8) — O outro protagonista da reviravolta portista. Sempre atrevido, a desafiar constantemente a oposição de Tomás Ribeiro e Mangas. Tirou o cruzamento para o golo do empate, de Zaidu, e depois assinou o golo da vitória, com um movimento típico: enfrentou o adversário, deu um toque para dentro e rematou em jeito. Decisivo!

EVANILSON (6) — Sempre disposto a explorar o espaço, teve uma ocasião de perigo logo ao minuto 5, mas Bruno Varela negou-lhe o golo. Aproveitou um mau alívio de Tomás Ribeiro para assistir Francisco Conceição no golo da reviravolta.

PEPÊ (5) — Jogou a partir da esquerda, mas sempre à procura de espaço no corredor central. Foi assim que serviu Evanilson, logo nos instantes iniciais. Com a saída de Zaidu teve de recuar para lateral, até à entrada de Jorge Sánchez, a 10 minutos do fim.

GALENO (6) — Na véspera ainda aparecia no boletim clínico, mas voltou à competição ao minuto 55. Teve oportunidades para arrumar o jogo em transição, já na parte final, mas quando definiu bem viu Varela negar-lhe o golo.

TAREMI (5) — Relegado para o banco, entrou no início da 2.ª parte, para alargar a frente de ataque. Pouco depois surgiu o golo da vitória, mas o iraniano assumiu pouca relevância no jogo.

FÁBIO CARDOSO (5) — Rendeu Pepe e ajudou a travar o ímpeto final do Vitória.

JORGE SÁNCHEZ (-) — Começou a aquecer ao minuto 15, mas só entrou aos 80.

GRUJIC (-) — Opção para os minutos finais, após três jogos sem sair do banco