José Mourinho, treinador do Fenerbahçe, concedeu uma entrevista ao Corriere dello Sport, onde falou sobre alguns arrependimentos ao longo da carreira e ainda um desejo. «Deixar a Roma foi difícil, mas cresci muito e aprendo algo novo a cada dia desde que ganhei a primeira Liga dos Campeões, há 20 anos. A grandeza de um treinador está na sua honestidade, não nas relações. O treinador tornou-se progressivamente menos importante e cada vez mais dependente de estruturas e personagens que muitas vezes não estão preparadas. Houve mudanças a todos os níveis. Nos últimos anos cheguei a três finais, uma com o Manchester United e duas com a Roma. Tudo isto com um pouco de diversão e com orgulho, porque quando se faz isso com um clube sem história na Europa percebe-se que se conseguiu algo especial», começou por referir, revelando, então, alguns dos seus arrependimentos. «O ‘não’ ao Florentino Pérez. Disse-me: ‘Não vás embora, fizeste a parte difícil e a melhor está por vir’. Eu sabia que era verdade, mas queria voltar ao Chelsea depois de três anos de grandes desafios em Espanha. Tenho que falar de Budapeste [final da Liga Europa entre Roma e Sevilha, ganha pela equipa espanhola e que ficou marcado pelas duras críticas de Mourinho ao árbitro]. Não pela confusão com Anthony Taylor, mas porque não saí imediatamente. Eu devia ter saído imediatamente da Roma. Não o fiz e foi um erro», atirou, assumindo ter um desejo: «No futuro quero treinar uma seleção nacional. Quero disputar um Campeonato da Europa ou um Mundial.» Sobre a aventura no Fenerbahçe: «Amo o futebol e o meu trabalho. Não queria esperar pela oportunidade ideal ou tirar um período sabático. Disse que sim a um clube que me queria muito. Mostraram-no desde o primeiro dia.»
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