16 abril 2024, 23:28
Destaques do Famalicão: Chiquinho foi a única esperança
Todos os olhos estavam em Gustavo Sá, mas a noite não foi nada fácil
Extremo fez o passe para o primeiro golo e por pouco não assistiu mais três vezes; Gyokeres não marcou, mas foi influente no primeiro golo; Hjulmand foi fundamental para o equilíbrio
MELHOR EM CAMPO: TRINCÃO (SPORTING), 8
Excelente a assistência para o golo de Pedro Gonçalves. A certeza do gesto acompanhou a visão apurada e assim se desbravou um caminho que não parecia fácil até ao triunfo. No entanto, não se esgotou aqui. Se foi quase sempre o mais esclarecido e o mais dinâmico, à passagem da meia-hora apenas um Riccieli em esforço e no limite impediu que mais um passe virasse assistência, agora para Gyokeres. Na segunda parte, apesar da perda de algum discernimento nos derradeiros minutos, manteve-se ligado à corrente e não só foi catalisador para a arrancada de Gyokeres aos 52’ como, aos 73’, ainda ofereceu o golo a Morita, depois de mais um raide pela direita.
ISRAEL (6) — Sem trabalho praticamente durante toda a primeira parte, apenas teve de estar focado na segunda, com mais uma ou outra bola parada ou remate de longe.
INÁCIO (6) — Importante na saída limpa do Sporting na primeira fase de construção, ajudou Nuno Santos a controlar Puma Rodríguez, que passou ao lado do jogo. Uma exibição segura.
COATES (6) — Ganhou quase todos os duelos a Jhonder Cádiz, anulando assim a grande referência ofensiva da equipa de Armando Evangelista. Aos 70, até usou a mão para impedir que a bola lhe passasse por cima, mas o árbitro perdoou-lhe o amarelo.
DIOMANDE (5) — Esteve perto do golo aos 32’ depois de um cruzamento venenoso de Geny e começou a ter dificuldades depois, na reta final da primeira parte, altura em que Chiquinho se chateou do escasso impacto que estava a ter. Viu um amarelo depois de um erro e arriscou o segundo logo de seguida em novo duelo com o extremo. Já Amorim não arriscou e deixou-o no balneário ao intervalo.
GENY (7) — O lado direito leonino esteve sempre muito mais ativo do que o contrário. Não só o lateral conseguia ganhar a profundidade com várias arrancadas ou combinações com Trincão como explorava bem os movimentos inside-out do extremo e as aproximações sempre inteligentes de Pedro Gonçalves. Esteve perto de servir Diomande para o segundo golo aos 32 minutos. Saiu com queixas.
HJULMAND (7) — Fundamental na forma como pressiona o portador e cria o caos da organização ofensiva dos rivais, é também depois capaz de tomar quase sempre a melhor decisão quando a bola lhe vem ter aos pés. O Famalicão não conseguiu sair em transição muito por culpa sua. Viu amarelo quando Aranda arrancou já nos descontos.
BRAGANÇA (6) — O remate à trave merecia mais, tal como aquele passe vertical que procurou Gyokeres já na compensação, com o sueco a decidir-se por não arriscar com o pé esquerdo. Antes, viu amarelo por falta sobre Zaydou, o que poderia sacrificá-lo para o segundo tempo, mas Amorim confiou e o médio manteve a serenidade. Foi rendido por Morita, que tem um perfil de maior chegada à área, aos 78 minutos.
NUNO SANTOS (5) — Uma primeira parte sem profundidade, com vários passes que não chegaram a boas diagonais feitas pelos companheiros e que, por isso, foram desperdiçados. Nos segundos 45 minutos, tentou várias vezes o remate de longe, aos quais aplicou força, mas não a direção certa.
16 abril 2024, 23:28
Todos os olhos estavam em Gustavo Sá, mas a noite não foi nada fácil
GYOKERES (6) — A sua influência fora os pontapés decisivos revelou-se no primeiro golo. Reagiu mais rápido a um desvio e tirou Justin da frente, e depois a sua diagonal atraiu o suficiente a atenção de Riccieli para garantir que Trincão tivesse o canal aberto para o passe para Pedro Gonçalves. Foi aparecendo a espaços, como naquela arrancada aos 63 minutos, em que por pouco a bola não chegou a Geny (usa pouco o pé esquerdo, o que o limita), mas com impacto relativo. Não parece tão fresco e confiante nesta fase da temporada, porém nem por isso parece desesperado ou precipitado, mantendo a serenidade nos momentos certos. Vão em cinco os jogos sem marcar.
PEDRO GONÇALVES (6) — Eficaz na grande oportunidade de que dispôs, na cara de Luiz Junior, continuou a trabalhar, mas sem grande brilho, tal como vários companheiros.
QUARESMA (5) — Entrou no início do segundo tempo e em boa hora porque Chiquinho parecia disposto a fazer estragos e Diomande tinha amarelo. Com a subida de linhas por parte do Famalicão, as dificuldades aumentaram bastante.
ESGAIO (5) — Viu amarelo por falta sobre Chiquinho, antecipando-se até a um possível passe para o arranque do famalicense.
MORITA (6) — Teve o golos nos pés aos 73 minutos, mas bloquearam-lhe o tiro duas vezes, ganhando apenas um canto.
PAULINHO (5) — Sem grande impacto na partida.
FRESNEDA (-) — Quatro minutos mais os descontos em campo.