Gyokeres marcou ao Leipzig na Red Bull Arena, mas o Sporting saiu da Alemanha de mãos a abanar
Golo de Gyokeres não evitou derrota do Sporting na Red Bull Arena (IMAGO)

Leipzig-Sporting, 2-1 Destaques do Sporting: Gyokeres (a meio gás) fez o seu, o resto foi... curto

NACIONAL22.01.202520:49

St. Juste voltou a lesionar-se; Fresneda e Diomande com erros fatais e Harder continua em desacerto com a baliza

A figura do Sporting: Gyokeres (nota 6)

Mesmo com limitações físicas, a fita tape acima do joelho direito assim o denuncia, tal como o facto de ter começado o jogo no banco — foi suplente pela primeira vez na Champions —, o sueco fez a diferença. Aos 57', dois minutos depois de ter sido lançado no jogo, obrigou Vandevoordt a mostrar credenciais, após cruzamento de Trincão, em que elevou-se para cabecear com perigo, volvidos 60 segundos, segura a bola e serve Hjulmand, cujo remate saiu desenquadrado, até que fez o seu 'golinho', depois de ter recebido de Daniel Bragança, dançou à frente de Orbán e rematou debaixo para cima, não dando hipóteses de defesa aos guardião dos alemães. Até ao apito final não desistiu do bis: aos 86' cabeceou ao segundo poste, ligeiramente ao lado e aos 90+2' ainda ganhou um pontapé de canto.

FRANCO ISRAEL (4) — Com Rui Silva contratado para a baliza o uruguaio não fez exibição para que Rui Borges tenha dúvidas. No primeiro golo teve pouca cobertura defensiva; aos 48’ sai aos pés de Openda, mas não agarrou a bola e, depois, viu Simons bailar-lhe à frente para rematar a rasar o travessão (se fosse golo seria anulado por fora de jogo de Openda). No segundo, com Poulsen à frente, andou aos papéis...

FRESNEDA (4) — Estava desposicionado no lance do primeiro golo, não conseguiu a interceção a Raum que isolou Sesko; aos 32', num golo anulado por fora de jogo, virou as costas à bola e deixou Raum à vontadinha. Aos 43’ podia ter marcado, numa recarga a remate de Harder, mas Raum cedeu pontapé de canto.

ST. JUSTE (4) — Voltou à titularidade, mas saiu aos 27 minutos, com queixas na perna direita. As lesões (recorrentes) têm sido o grande handicap do central. Aos 7', lançou longo para a profundidade de Catamo, mas Vandeboordt sai bem dos postes.

DIOMANDE (4) Simons , Raum e Sesko deram-lhe água pela barba e as dificuldades do costa-marfinense foram bem evidentes, numa linha defensiva que, diga-se, esteve uns furos abaixo do habitual. Aos 51’, Haidara rematou ao poste, após Openda lhe ganhar o lance (pediu falta) e no segundo golo não acompanhou a subida da defesa e colocou Poulsen em jogo.

MAXI ARAÚJO (5) — Combativo, é certo, mas aos 6’ Sesko roubou-lhe a bola e rematou cruzado, com Israel a controlar o lance com o olhar. Aos 29’ apareceu solto na direita a passe de Catamo, mas Baumgartner evitou o golo e aos 71', dominou bem e encheu o pé, mas o remate sai torto.

CATAMO (5) — Deixou a desejar nas tarefas defensivas, no lance do golo estava muito longe de Fresneda. Aos 29' abriu bem para Maxi Araújo, que não chegou a rematar e aos 43’ respondeu a grande passe de Gonçalo Inácio com um cruzamento a que Harder chegou atrasado. Ainda trocou de flanco mas, depressa e bem não há quem, isto para dizer que as decisões nem sempre foram as melhores.

DEBAST (5) — Diferenciado nas bolas longas, mas perdeu muitas bolas no miolo, transmitindo alguma insegurança. Aos 45+2’, esteve perto do empate, após remate à entrada da área, viu Orbán desviar com a bola a passar a centímetros da barra.

HJULMAND (5) — Remar contra a maré é sempre difícil, assim foi com o capitão. Aos 58' rematou de fora da área, sem perigo.

QUENDA (5) — A irreverência dos 17 anos ajudam-no a dar nas vistas, como foi o túnel aos 40', depois derrubado em falta. Começou na esquerda, ainda virou à direita, onde foi mais desenvolto, mas na segunda parte regressou à base.

TRINCÃO (5) — As coisas não lhe estão a saíram, nem a cobrança de um canto. Aos 25’ um mau passe para trás criou calafrios à defesa. Par de cruzamentos, mas o cansaço é por demais evidente.

HARDER (5) — O desacerto em Vila do Conde repetiu-se na Red Bull Arena. Remata de qualquer maneira e feitio, algo que nem sempre é o melhor cartão de visita. Aos 38’ fletiu da direita para o meio e rematou forte, para desvio de Orbán.

GONÇALO INÁCIO (5) — Integrou-se bem. Aos 43', lançou muito bem Catamo; fez punhado de cortes importantes e no último suspiro do jogo, de cabeça, podia ter feito o 2-2, a passe de Quenda.

MORITA (5) — Importante na construção ofensiva, foi lufada de ar fresco, principalmente a travar as investidas de Openda.

DANIEL BRAGANÇA (6) — Na raça, a tentar ajudar a desfazer o resultado, assistiu Gyokeres, após receber entrelinhas, rodou sobre si e serviu o sueco.

ESGAIO (3) — Entrou e logo se viu envolvido em erro no lance do segundo golo, ainda tentou 'safar' em cima da linha, mas falhou a bola.