Destaques do SC Braga: tiros de Bruma e Castro valem o ouro no Olímpico de Berlim
Extremo fez um golão e médio entrou para sentenciar a partida
HOMEM DO JOGO -- BRUMA (8)
Está definitivamente talhado para brilhar nos jogos da Champions League. Depois de ter marcado na Grécia, em Braga diante do Napóes, em Berlim apontou um golo monumental, digno de um palco mítico como é o Estádio Olímpico, casa emprestada do Union nesta competição. Se fosse destinada uma medalha para premiar o golo que deu origem ao 2-2 na Alemanha seguramente o internacional português teria direito à de ouro, tal a beleza estética do remate em arco que anichou dentro da baliza de Ronnow. Foi um momento sensacional, que gelou por completo as mais de 70 mil almas que puxaram de forma incansável pelo Union Berlim.
MATHEUS (8) — O guarda-redes teve uma atuação brilhante em Berlim apesar de ter sofrido dois golos. Negou que o Union Berlim apontasse o terceiro por duas vezes e ainda na primeira parte foi impedindo até ao máximo que a sua baliza fosse visada. Mais uma demonstração de força do brasileiro ao serviço do SC Braga.
JOE MENDES (6) — Revelou algum nervosismo com um passe à queima para Serdar, que quase custou o 1-0 para o Union Berlim, mas com o passar do tempo foi ganhando confiança, aventurando-se no ataque e também fazendo cortes providenciais, especialmente no segundo tempo.
SERDAR (6) — Mantém a confiança de Artur Jorge, relegando o experiente José Fonte para o banco. Ontem hesitou no lance supracitado, mas de resto revelou enorme segurança defensiva, sempre bem posicionado e muito forte no ataque à bola. Está a crescer à medida que joga com mais frequência pelos minhotos.
NIAKATÉ (8) — Que jogo monumental do defesa, não apenas pelo golo que iniciou a reviravolta no marcador, mas sobretudo por tudo aquilo que ofereceu à equipa em termos defensivos. Imperial no jogo aéreo, foi determinante em pleno menos dois lances capitais na segunda parte, impedindo o seu adversário direito de fazer aquilo que seria o 3-2.
BORJA (4) — Jogo de grande sofrimento do lateral-esquerdo, que apanhou um Becker inspirado, que lhe colocou a cabeça completamente em água. Com o decorrer do tempo foi dando sinais claros de grande fadiga física, face à exigência do encontro e foi substituído com toda a naturalidade.
AL MUSRATI (8) — O pêndulo do meio-campo do SC Braga. Com uma simplicidade de processos que impressiona, foi sempre de uma elegância em campo, tanto cortar linhas de passe como a lançar rapidamente os companheiros da linha atacante. Correu quilómetros em prol da equipa, a jogar sempre de cabeça levantada.
ZALAZAR (7) — Um passe à queima no lance que resulta no primeiro golo do Union Berlim, mas depois está na cobrança dos dois cantos que dão os primeiros dois golos do SC Braga.
ÁLVARO DJALÓ (4) — Apenas uma arrancada na primeira parte e depois foi perdendo todo o seu fulgor na partida.
RICARDO HORTA (7) — Faz a assistência para o golo monumental de Bruma, mas também tem participação no 2-1, já que remata fora da área para Niakaté fazer a emenda.
BANZA — Grande entrega do ponta de lança, dando muito trabalho aos centrais do Union Berlim. Pelo ar não perdeu uma bola e foi sempre persistente nas suas ações, fora e dentro da grande área.
JOÃO MOUTINHO (6) — Ajudou ao equilíbrio de forças no meio-campo, numa altura em que era necessário ter serenidade no jogo e sobretudo posse de bola para travar o ímpeto do opositor alemão. Com a inteligência que o carateriza, pautou o jogo como quis e foi importante na gestão dos tempos.
ADRIÁN MARÍN (6) — Atuou na sua posição de raiz para impedir ataques do Union Berlim pelo flanco direito, isto depois de Borja evidenciar claro défice físico.
VÍTOR CARVALHO (6) — Sem mais soluções no banco, Artur Jorge inovou e colocou o médio na posição de lateral-direito, missão que cumpriu para ajudar numa vitória épica.
ABEL RUIZ (5) — Sem Ricardo Horta, a aposta foi claramente em dois pontas de lança para abrir a frente de ataque, atuando em cunha com Banza. A ideia era apostar no forcing final para chegar ao 3-2, o que acabaria de acontecer após remate de André Castro.
ANDRÉ CASTRO (7) — Sem muito espaço para jogar com frequência no meio-campo, o médio tem sido sempre uma solução de recurso, mas silenciou o majestoso Estádio Olímpico. Com um remate fora da área, possibilitou ao SC Braga alcançar os primeiros três pontos na fase de grupos e sonhar com o apuramento para a fase a eliminar.