Destaques do Benfica: Super Mário, Florentino e um Trubin bipolar
João Mário teve pontaria frente ao Casa Pia mas não chegou em jogo com tantos pecados; Rafa e Arthur Cabral poderiam ter festejado... só que não; Florentino ajudou e quase complicou; Trubin foi do céu ao inferno. Saiba mais sobre a exibição dos jogadores do Benfica no duelo com o Casa Pia deste sábado
(7) JOÃO MÁRIO - O melhor do Benfica
Desde o início que teve qualidade com a bola nos pés e destacou-se pelas incursões pelo flanco direito, onde combinou com Aursnes e normalmente cruzando atrasado para o coração da área. Teve algumas ideias para furar a defesa do Casa Pia —coisa que poucos tiveram na equipa—, mas o que lhe vale mesmo a distinção de melhor dos encarnados é o golo, o golaço que marcou, depois daquele que fizera na Taça de Portugal, de calcanhar, no jogo com o Lusitânia. O Benfica só por uma vez conseguiu fesejar neste jogo e se o fez foi porque João Mário percebeu duas coisas simples mas que outros não isolaram: para marcar primeiro é preciso rematar e ao mesmo tempo acertar na baliza.
(5) TRUBIN — A última imagem é muitas vezes a que mais marca e ver o guarda-redes ucraniano deixar passar a bola entre as pernas no lance do golo do empate do Casa Pia (quase) fez esquecer a grande defesa no penálti. Teve mais duas boas defesas e seguras, a remates de Jajá e Larrazabal, mas a falta de reflexos para fechar as pernas no lance que determinou o resultado...
(7) AURSNES — Competente a fechar o lado direito e sobretudo objetivo a dar largura ao corredor. Combinou ataques com praticamente todos, cruzou muito e bem e num deles encontrou João Mário, que marcou um grande golo. A finalizar, colocou a bola na cabeça de Rafa, mas o avançado falhou o que poderia ter sido o golo do empate.
(6) ANTÓNIO SILVA — Guardou muito bem as costas de Aursnes e soube aparecer no ataque. Marcou um golo invalidado por fora de jogo e atirou de cabeça ao poste, também de cabeça.
(5) OTAMENDI — O nervo e a capacidade de liderança do costume, mas sentiu algumas dificuldades para travar a velocidade de Yuki Soma e sobretudo de Larrazabal. Mas, diga-se, a ajuda de Bernat foi nula.
(3) BERNAT — Sem ponta de chama a atacar e sem capacidade de regir à perda da bola. Não soube atacar por fora, nem por dentro; mas pior foi a incapacidade para fechar o flanco. Obrigou Otamendi e João Neves a trabalhos maiores e marcou com os olhos Larrazabal no lance do penálti depois cometido por Florentino.
(5) FLORENTINO — Está sem ritmo e a tentar equilibrar os níveis de confiança, por aqui se explica um pouco o penálti que cometeu por calcular mal o tempo de chegada. Mas com ele o meio-campo teve equilíbrio e os companheiros tiveram-no sempre por perto no apoio e para melhor desenho das jogadas. Recuperou muitas bolas e perto do final atirou de cabeça à trave.
(6) JOÃO NEVES — Fez gestão com bola e foi buscá-la a todo o lado, encontrando sempre a melhor solução. Destacou-se principalmente pela intensidade que colocou em campo. Nunca deixou a equipa baixar os braços e também esteve sempre na primeira linha da reação à perda e na recuperação da bola. Aos 90+1’ fintou dois adversários e fez remate forte para grande defesa de Ricardo Batista.
(6) NERES — Aos 24’ ofereceu de cabeça o golo a Arthur Cabral, aos 34’ rematou já em queda para boa defesa de Ricardo Batista. Pelo meio, uma série de bons lances em combinações sobretudo com Rafa e que foram quase oásis em deserto de ideias. Dos poucos a conseguir encontrar espaço nas costas dos defesas do Casa Pia.
(6) RAFA — Foi subindo de rendimento e por ele passaram quase todas as jogadas de maior perigo da equipa. Com um passe de calcanhar deixou Neres na cara do golo, aos 34’, e ganhou dimensão que apenas não teve correspondência no domínio da finalização: poderia ter feito muito melhor aos 35’, quando rematou de calcanhar a lado, e aos 90+1’, de cabeça, quando de cabeça e com a baliza vazia acertou nas mãos de Ricardo Batista.
(5) ARTHUR CABRAL — Muito trabalho, muita ansiedade para marcar golo, mas faltou-lhe frieza na hora de definir e pareceu demasiado móvel quando se calhar era importante surgir em zona de finalização para responder a solicitações que surgiram.
(4) JURÁSEK — Um grande cruzamento para a cabeça de Florentino e um tremendo erro ao deixar Larrazabal correr nas suas costas para empatar o jogo. Sem maturidade no desempenho das funções, muito nervoso com e sem bola.
(5) DI MARÍA — Grande remate para enorme defesa de Ricardo Batista mal entrou em campo e algum excesso de individualismo com a bola nos pés, explicável devido à ausência dos últimos três jogos para recuperar de lesão.
(5) TENGESTEDT — Entrou determinado e com os olhos na baliza. Criou perigo em três ocasiões, mas faltou-lhe algum talento.
(-) GONÇALO GUEDES — Sem bola para se destacar.
(4) CHIQUINHO — Entrou mal, a errar passes.