Destaques do Benfica: 'Angelito' Di María abriu as asas e carregou a honra de uma equipa
Di María marcou dois golos no clássico (FOTO: GRAFISLAB)

Benfica-FC Porto, 4-1 Destaques do Benfica: 'Angelito' Di María abriu as asas e carregou a honra de uma equipa

NACIONAL10.11.202423:41

Jogo completíssimo do argentino! Fez o 2-1 que impulsionou a resposta demolidora da águia ao golo de Samu e o 4-1 num penálti marcado com classe; Carreras a um nível excecional, Tomás Araújo determinante a... atacar e Florentino a tapar todos os caminhos

Melhor em campo: Di María (8)

Foi todo um filme por conta do argentino. Primeiro sinal num remate fora da área, fácil para Diogo Costa (15’), só para aquecer. Isolou Pavlidis para o grego levar a bola ao poste. Mas foi depois do intervalo e do golo de Samu, que deixou a Luz apreensiva, que emergiu a classe, o caráter e a liderança do argentino. A frieza com que bateu Diogo Costa no 2-1, após passe açucarado de Aursnes, impulsionou o Benfica para um resto de clássico demolidor, com o FC Porto inoperante a atacar, e o argentino a pedir e a ter bola. A conversão do penálti, num momento definidor da goleada, foi sublime. E na baliza até estava um especialista, mas foi bem enganado por Angelito, que depois de abrir as asas, fechou-as num abraço coletivo ao estádio.

6 Trubin - Atento a fazer a mancha a Samu, num lance em que o espanhol estava fora de jogo. Pouco trabalho na 1.ª parte, foi iludido pela ideia de um corte fácil de Otamendi quando o espanhol do FC Porto estava nas costas do argentino e pronto para capitalizar o passe de Moura. Na prática, e num clássico habitualmente intenso, pouco trabalho teve. Depois do intervalo intercetou facilmente um pontapé de Fábio Vieira (59).

7 BahGaleno parecia uma espécie de âncora capaz de travar-lhe tentações atacantes, mas isso foi na 1.ª parte, porque depois o dinamarquês soube encontrar o equilíbrio perfeito entre a necessidade de proteger os seus domínios e dar mais de si em termos ofensivos. E tanto assim foi que assim que encontrou espaço para escapar da marcação serviu Pavlidis, forçando o autogolo de Nehuén Pérez.

8 Tomás AraújoUm passe de trivela vindo de um central, é, já de si, uma raridade, mas quando esse apontamento de classe se traduz numa assistência para Carreras bater Diogo Costa, conclui-se que Araújo estava bem ciente do efeito surpresa que a abertura teria no adversário. Experimentou outras preciosidades técnicas, mas foi com uma simplicidade espartana que isolou Bah para este cruzar para o 3-1 dos encarnados- autogolo de Nehuén, mas com Pavlidis a ter intervenção decisiva.

4 OtamendiImpecável até tropeçar num erro tremendo. Um misto de infelicidade e inépcia que resultou não só no golo fácil de Samu, como impossibilitou Trubin de ir ao lance, por estar a contar com uma intervenção assertiva do argentino. Neste carrossel de jogos bons e outros francamente maus, acabou por ser salvo pela reação do coletivo na 2.ª parte e também pelo penálti ganho aos 80’, após falta de Alan Varela. Mesmo assim, destoou. 

8 CarrerasQue jogo do espanhol, o melhor jogador na 1.ª parte. Segundo jogo da Liga a marcar. Está, de facto, a atravessar um momento fulgurante e com confiança inabalável no seu talento. O golo é disso exemplo: tirou Martim Fernandes do caminho com o pé esquerdo, atirou forte com o pé direito, surpreendendo o opositor, que esperava que fosse por fora e não tão dentro ao ponto de se enquadrar com a baliza de Diogo Costa.

7 AursnesUma atuação em crescendo, mas sempre com a preocupação de manter um diálogo constante com Florentino para que o meio-campo portista não criasse supremacia. Sinalizou a sua presença atacante com um primeiro remate de longe (48) e concretizou a sua entrada na história do clássico com o passe fantástico a isolar Di María no 2-1. Um pequeno pecado: quase comprometia num passe na sua área que Samu por pouco não intercetou.

8 FlorentinoSe fosse preciso um só instantâneo da sua exibição, teríamos de escolher o corte aos 48’ na área encarnada, após incursão de Galeno. Mas, no todo, fez um 'jogão', não só a condicionar a profundidade de Samu, como a esvaziar a influência de Nico González na construção de jogo ofensivo, perseguindo a sua referência mesmo quando esta escapou para a esquerda. Por ele, ninguém passou, a fronteira estava fechada.

7 KokçuDinâmico e empreendedor, nem sempre tomou as melhores decisões, mas ontem teve bola e fez fluir o futebol do Benfica, criando desconforto ao meio-campo portista. Num livre direto chamou Diogo Costa a bela defesa (20).

7 PavlidisMeio golo do grego. Há que reconhecer o mérito na forma como o ponta de lança se lançou à bola centrada por Bah, forçando Nehuén a fazer o mesmo e a marcar na própria baliza. A cinco minutos do intervalo, de pé esquerdo, acertou no poste da baliza portista – seria o 2-0 – e foi aquilo que também se pede a uma referência de área – uma pedra nas botas dos defesas contrários.

7 AkturkogluDesta feita não marcou, mas deixou à roda a cabeça de Nehuén Pérez e Martim Fernandes no ataque em zonas interiores e pela asa esquerda – aos 35’ furou muito bem os bloqueios para semear a divisão na defesa portista. Decisivo no 2-1 ao roubar a bola a Martim Fernandes, injetando o contra-ataque que acabou com Di María a celebrar o golo.

5 BesteNão deixou que o ritmo baixasse na esquerda. Assim que entrou, lançou ameaça a Diogo Costa.

(-) Arthur Cabral – Pouco tempo em jogo, logo quase ou nenhuma influência.

(-) Renato Sanches – Seis minutos, mais o tempo extra. Nem deu para transpirar.

((-) Amdouni – Entrou para o aplauso da Luz a Di María.

(-) Rollheiser – O último convidado para a festa. O finalzinho da festa…