Liga Destaques do Arouca-Casa Pia: se Pablo Roberto continua assim...
Arruabarrena e Ricardo Batista estiveram em bom plano nas balizas, mas Pablo Roberto é que começa a prometer outros voos
MELHOR EM CAMPO (7) PABLO ROBERTO: o médio do Casa Pia foi o melhor em campo na vitória alcançada no reduto do Arouca. Se continuar a realizar exibições deste quilate, arrisca-se a dar o salto para outros patamares num futuro próximo. Possante, forte nos duelos e com qualidade de passe acima da média, dominou por completo o meio-campo e carregou a equipa às costas. Como se tudo o que tinha feito não bastasse para este destaque, ainda fez a assistência perfeita para o golo da vitória.
Os destaques do Arouca
Tivesse toda a equipa demonstrado a inspiração de Arruabarrena e o Arouca não estaria, por esta altura, a lamentar a derrota. O guarda-redes uruguaio foi um autêntico esteio na baliza arouquense, impedindo todas e quaisquer ameaças que os adversários iam efetivando. Adiou, ao máximo, o golo casapiano, mas nada pôde fazer quando Felippe Cardoso, já nos descontos, atirou a contar e sentenciou o desafio. Morlaye Sylla e David Simão, ambos com uma tremenda abnegação, tentaram, no miolo, lutar contra todas as adversidades, mas estiveram quase sempre em desigualdade numérica perante a dinâmica dos gansos. Cristo González foi o elemento da frente de ataque que mais tentou dar a sua graça, mas, apesar das tentativas, o espanhol não esteve numa tarde particularmente inspirada. Puche saltou do banco para mexer com o setor ofensivo, tendo sido, inclusivamente, o autor do lance mais perigoso dos arouquenses, com um remate ao poste.
Os destaques do Casa Pia
Longe de ter tido uma tarde de muito trabalho (muito longe, mesmo!), Ricardo Batista foi, ainda assim, fiel à sua imagem de marca: segurança. Das poucas vezes em que foi chamado a intervir fê-lo com firmeza e isso confortou o coletivo. E quando nada podia fazer, o poste ajudou… Fernando Varela, Vasco Fernandes e Zolotic controlaram quase sempre as operações no eixo defensivo, permitindo a Larrazabal e Leonardo Lelo explorarem as faixas laterais. Clayton, a referência ofensiva, lutou até à exaustão e só Arruabarrena e o poste lhe negaram o golo. Quando foi ao banco em busca de soluções que pudessem aportar, Filipe Martins escolheu bem. Beni ofereceu músculo ao setor intermediário, impedindo, assim, que o Arouca pudesse ousar fazer transições rápidas e perigosas, ao passo que Jajá incutiu velocidade aos corredores laterais no último terço. E o extremo brasileiro até ameaçou o golo, mas o remate saiu ao lado poste.