O campeão PSG entrou no 974 de Doha como superfavorito, até por ter ganho 10 das últimas 11 supertaças de França. E o Mónaco sentiu esse poderio nos primeiros minutos, deu a bola ao adversário e passou por momentos de aflição. Mas a partir dos primeiros 15 minutos o jogo mudou, os monegascos cresceram e o encontro ficou intenso, espetacular, e a resistência da equipa do principado só acabou aos 90+2, quando Dembélé marcou e levou o título para Paris. Sufocante o início de jogo do PSG, que empurrou o Mónaco para junto da sua área. Logo aos 9 minutos o guarda-redes Cohn tem uma má saída de bola, Doué desarma Vanderson e remata à barra. O guarda-redes acaba por se redimir porque ainda toca na bola. O Mónaco não conseguia sair para o ataque, por muito que a intenção de Adolf Hutter ao lançar o japonês Minamino fosse ter mais qualidade na posse de bola, na construção. Faltava que os virtuosos dos monegascos entrassem no jogo, mas Akliouche e Ben Seghir tardavam a aparecer. No meio-campo mandava o PSG, mas com o passar do tempo foi-se libertando o Mónaco, que por um lado já conseguia chegar ao último terço do terreno, mas por outro dava mais espaço aos avançados do PSG. Mesmo assim, o jogo mudou muito e no final da primeira parte já se viu outro Mónaco. Akliouche e Minamino até estiveram perto de marcar, mas havia sempre resposta do PSG, e para final de primeira parte Lee desperdiçou a oportunidade mais clara dos primeiros 45 minutos. Sozinho no coração da área rematou por cima. A tendência vinha da primeira parte, mas acentuou-se na segunda. O Mónaco conseguiu finalmente chamar a jogo Akliouche, Ben Seghir e Golovin. O jogo ficou louco, oportunidade numa baliza, logo na resposta perigo na outra. Sempre que os monegascos se aproximavam do golo, respondiam os parisienses com lances ameaçadores. E foi nesta louca troca de ataques que Vanderson rematou ao poste. O golo adivinhava-se, mas poderia aparecer para qualquer das equipas. Não havia tempo para respirar. Não era possível aguentar este ritmo até ao final e com um banco com mais soluções, o PSG mexeu e voltou a mandar no jogo Depois de Barcola, Luis Enrique sentiu que o jogo precisava de Gonçalo Ramos e com o português o Mónaco foi empurrado ainda mais para trás. E foi quando os treinadores já se preparavam para os penáltis que o forcing do PSG acabou por dar resultado. A resistência do Mónaco acabou aos 90+2 minutos e Dembelé resolveu o jogo ao responder a passe de Fabián Ruiz. Mais uma Supertaça a viajar para Paris.
