Debast: «Criei uma relação de confiança com Amorim desde o primeiro dia»
Defesa central belga explicou relação com o treinador, os primeiros contactos, e a forma de trabalhar que o surpreendeu. «Comecei a ver jogos do Sporting em janeiro. Senti que estava preparado para dar esse passo», disse
Zeno Debast esteve outra vez no olho do furacão no jogo frente ao PSV Eindhoven ao cometer um erro num passe para Geny Catamo que redundou no golo dos neerlandeses. O defesa-central belga, ao jornal HLN, diz que o plano é livrar-se dos equívocos rapidamente. «Ainda sou um jogador jovem, tenho 20 anos, por isso ainda posso cometer pequenos erros por um tempo. Mas livrar-me deles faz parte do plano. O treinador diz-me muitas vezes que eu vou ter sucesso. Ele não me conhecia do que viu em apenas alguns jogos do Anderlecht. Queria saber quem e como eu sou como pessoa o mais rápido possível. Criámos imediatamente uma ligação, por isso é que temos essa confiança mútua desde o primeiro dia», sublinhou.
No entanto, a relação com o treinador não se faz apenas de palavras doces. «Ele também refere quando jogo menos bem quando todo o grupo está presente. Tem essa comunicação aberta, mas também crítica. Sendo eu um jogador jovem, preciso disso. O Jan Vertonghen e o Brian Riemer também o faziam no Anderlecht», disse, reportando-se a antigos companheiros de equipa.
Debast deixou o Anderlecht com apenas 20 anos, saindo da sua «zona de conforto» e para o futuro próximo antevê ter «muito a aprender».
O sistema tático do Sporting, com apenas três centrais, é algo a que o futebolista terá de se adaptar com maior propriedade. «Jogamos com três atrás, não quatro. Um novo sistema é sempre um ajuste, mas quero aprender. Saí da minha zona de conforto, mas estou quase numa nova zona de conforto», garantiu quem se mostrou satisfeito pelos poucos golos sofridos pelo leão. «É uma estatística importante para uma defesa jovem como a nossa. Dá-nos um boost mental. Nós, defesas, preferimos vencer 1-0 do que 4-1», adiantou.
O defesa central já marcou de leão ao peito, num remate espetacular na primeira jornada da Liga dos Campeões, diante dos franceses do Lille. «Talvez arrisque mais aqui do que no Anderlecht. Marcar é um bónus para um defesa. Tenho reparado que nos últimos jogos os adeptos gritam chuta quando estou em posição de rematar. É bom quando conheço adeptos que me falam desse golo. Também estava há muito tempo ansioso por marcar o meu primeiro golo», confidenciou.
Sendo jogador já de algum estatuto no Anderlecht, Debast explicou quais os motivos que o levaram um grande na Bélgica por um grande em Portugal. «Queria uma transferência para a qual estivesse preparado. Que a casa, o carro e tudo o que é bancário estivesse tratado. Não queria ter nada com que me preocupar, apenas paz. Apenas futebol. É esse o caso aqui», anotou, noticiando, também que, mesmo antes da transferência para Alvalade, já há algum tempo acompanhava os leões. «Comecei a ver jogos do Sporting em janeiro. Senti que estava preparado para dar esse passo», concluiu.