Daniel Bragança regressou ontem ao trabalho no relvado, ainda que com limitações, fruto da paragem de 305 dias a que esteve sujeito por força da gravíssima lesão no joelho direito sofrida a 9 de julho de 2022, num jogo-treino com o Estoril, e Pedro Duarte, de 43 anos, que orientou o esquerdino no Estoril em 2019/2020, destacou o regresso, em conversa com A BOLA. «Não tenho dúvida que, pela sua qualidade, pode ser o grande reforço do Sporting para a próxima temporada. Aproveito para lhe mandar um abraço e que volte a cem por cento», sublinhou. Face às saídas dos rivais pela mesma posição - Palhinha e de Matheus Nunes - a corrente época poderia ter sido de afirmação de Bragança, mas a lesão retirou-o da competição. «Agora tem de se focar na reintegração, pois, em meu entender, ele não tem condições para fazer uma boa carreira mas sim uma carreira acima da média», frisou. O facto de Bragança ainda não ter explodido, segundo Pedro Duarte, «poderá ter a ver com a regularidade». «Se jogar com frequência, renderá muito mais», juntou. As dúvidas em torno do esquerdino há muito que se colocam: será um seis ou um oito? «Pode jogar nas duas posições. A oito estará mais próximo da baliza contrária e mais perto de finalizar, uma capacidade que poderá explorar mais uma vez que dispõe de bom remate e, desta forma, marcar seis/sete golos por época. Quando baixa no terreno de jogo, tem grande qualidade de construção. Jogando a seis, tem capacidade de anular as linhas de passe do adversário fora do normal; não tem necessidade de ir ao confronto físico; parece que está a receber uma bola. Até a correr é elegante», respondeu. A fazer fé nas palavras do treinador, Dani - como é conhecido entre os companheiros de equipa - «é muito focado no trabalho» e, por isso, «está a preparar-se o melhor possível» para a temporada vindoura. «Pode explorar mais e melhor a conversão de livres porque remata forte e colocado, daí ser um aspeto que poderá colocar no rol dos seus atributo.»
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