Em 14.º lugar do campeonato e a 12 pontos da zona de apuramento para a Liga dos Campeões, é provável que o Manchester United não volte à prova milionária na próxima temporada, o que daria continuidade ao descalabro financeiro que tem afetado o clube nos últimos anos. O The Times reporta o acordo entre o clube e a Adidas, fabricante dos seus equipamentos, penaliza o United em 12 milhões de euros no caso de não se qualificar para a Champions. A esse valor juntar-se-iam perdas nas receitas das transmissões televisivas e de venda de bilhetes. Deste modo, e registando já uma perda global de 307 milhões de euros nos últimos três anos, o United estaria em risco de violar as regras do fair-play financeiro da UEFA e de sustentabilidade financeira da Premier League – as mesmas que castigaram Everton e Nottingham Forest na época passada com a perda de pontos. Nova direção focada em cortar custos Com estes desenvolvimentos, e depois de o clube já ter sido multado em 300 mil euros pela UEFA em 2023 por violação do fair-play financeiro, Jim Ratcliffe, coproprietário do United, tem cortado despesas, o que já causou muita polémica. Desde ajudas a uma instituição que ajuda ex-jogadores do clube com baixos rendimentos, ao despedimento de Sir Alex Ferguson como embaixador global do emblema, a direção do clube não tem olhado a meios para conter despesas, de modo a cumprir com as diferentes regras financeiras. Os red devils ainda podem esperar que Inglaterra ganhe um lugar extra de qualificação para a Liga dos Campeões – para isso, a Premier League tem de ser um dos dois campeonatos europeus com mais pontos nas competições UEFA esta época. Assim, o 5.º classificado também iria à Champions (como aconteceu este ano com a Serie A e a Bundesliga). Um 5.º lugar que, de momento, está a uma distância de sete pontos para a turma de Ruben Amorim. Por outro lado, também poderão ir à prova milionária se ganharem a Liga Europa.