Liverpool a todo o gás e Manchester City – com Ederson no banco e Rúben Dias de volta ao eixo da defesa – a mostrar-se ferido, deprimido e incapaz de mostrar sinais de vida… Resultado: vitória dos reds por 2-0 e sexta derrota dos citizens nos últimos sete jogos – a equipa de Guardiola não vence desde 26 de outubro! O conjunto de Arne Slot, líder destacado da Premier League, entrou com tudo no grande duelo da 13.ª jornada e, após dez minutos de intenso sufoco junto à área adversária, chegou mesmo ao inevitável golo, num desvio tranquilo de Cody Gakpo a finalizar grande jogada de Salah. Decorria o minuto 12 e o que se seguiu foi… mais do mesmo: Liverpool a atacar, City a desesperar. A mira do conjunto de Anfield, porém, não mostrava acerto, detalhe que foi dando alguma confiança aos homens de Pep Guardiola que, porém, só a partir dos 25’ esboçaram tímidas reações, destacando-se, como único lance de algum perigo, o disparo de Rico Lewis, aos 39’, contudo muito ao lado. A caminho do intervalo, manteve-se o equilíbrio, mas os sinais continuam a demonstrar que o líder da Premier League está mais perto de alargar a vantagem do que o ainda campeão de empatar… A continuar assim, a diferença pontual entre as duas equipas passará a ser de 11 pontos. Na segunda parte, tudo igual: Liverpool a carregar, City em modo salve-se quem puder. Os lances de perigo sucediam-se junto à baliza de Ortega: aos 51, num jogada rapidíssima, Robertson lança, com um passe fantástico, Gakpo que, na cara do guarda-redes, vê... Matheus Nunes protagonizar um corte soberbo para canto; aos 56’, foi a vez de Salah protagonizar um falhanço gigantesco, quando, sozinho na cara de Ortega, tanto procurou desviar a bola do guardião que, num remate em jeito, viu a bola sair por cima. E este falhanço de Salah? O sufoco continuou: aos 64’ Salah dispara ligeiramente ao lado; aos 66’, foi Alexander-Arnold a ver Ortega fazer grande defesa; e, aos 69’, também Gakpo obrigou o guarda-redes do City a nova boa defesa e ganhar a cada minuto que passava o título de herói dos citizens.Curiosamente, o City ia tendo mais posse de bola à entrada para o último quarto de hora (55%), ao natural estilo de Pep Guardiola, mas... de nada servia, porque o Liverpool, com processos simples, rápidos e eficazes, ia estando sempre mais perto de ampliar a vantagem, embora com a mira desafiada. Já os citizens mostravam-se incapazes de criar oportunidades e o desespero foi-se apoderando dos rostos dos jogadores... Até que, aos 76', Luis Díaz tropeçou em Ortega na grande área e o árbitro Chris Kavanagh apitou grande penalidade. Que Salah, de pé esquerdo, converteu no 2-0: o guardião do City ainda adivinhou o lado, esticou-se, mas não conseguiu travar o disparo do egípcio. Desespero, ansiedade e enorme carga de nervos aumentaram ainda mais do lado dos citizens, de tal modo que, aos 80’, o árbito teve de parar o jogo para travar a discussão acesa entre Bernardo Silva e Mohamed Salah, depois de o português ter feito uma falta feia sobre o egípcio: os dois ficaram picados, o juiz da partida foi lá pôr água na fervura. E foi o fim… O City, em crise grave de resultados, soma a sexta derrota nos últimos sete encontros (empatou o duelo anterior…), o Liverpool dispara na liderança, agora a 11 pontos do adversário deste sábado e a nove do segundo e terceiro classificados, Arsenal e Chelsea. E, já agora, o Manchester United já está a quatro pontos do rival da cidade…
