O campeão saudita em título, o Al Ittihad do treinador português Nuno Espírito Santo, está mergulhado numa crise interna que está a provocar convulsões no balneário da equipa, segunda revela esta sexta-feira o diário saudita Al-Sharq Al-Awsat. Em causa está o excesso de jogadores não sauditas no plantel. Nesta altura há 10 no balneário e as regras da Saudi Pro League apenas permitem oito. Isto significa que o clube está inibido de fazer mais contratações de jogadores estrangeiros, pelo que foi com esse objetivo que o Al Ittihad tentou contratar o guarda-redes saudita Mohammed Al-Owais, do Al Hilal, que defendeu as redes da seleção saudita no Mundial do Catar, por forma a livrar-se do brasileiro Marcelo Grohe e assim ficar com vaga extra para contratar mais um estrangeiro. A questão é que, escreve o jornal, Nuno Espírito Santo opôs-se à saída de Grohe e isso causou tensão interna que se estendeu ao balneário, porque provocou instabilidade junto de alguns dos estrangeiros com menos nome, isto apesar das boas exibições na jornada inaugural da liga, casos de Coronado ou Romarinho, sendo que este último até já terá pedido ao clube para ir embora. O ambiente no clube, garante o diário, «está dominada pela tensão». Mas há mais problemas. Hegazy, central egípcio que está lesionado num joelho, só aceita sair se lhe pagarem a totalidade do contrato. O Al Ittihad precisa de contratar mais um central e a saída de Hegazy poderia permitir a entrada de... Marquinhos. O central brasileiro do PSG, capitão da equipa francesa, é o nome que tem sido apontado ao lugar. Dos 10 estrangeiros no Al Ittihad, Hegazi e Tarek Hamed foram os que não foram inscritos, ficando fora dos oito permitidos pelos regulamentos, e além de Grohe e Romarinho também Coronado e Abderrazak Hamdallah podem deixar a equipa. São os vários casos que terão de ser resolvidos nas próximas semanas para poder permitir a chegada de novos reforços ao clube.
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