As contas de Portugal nesta fase de apuramento para o Campeonato da Europa de 2024 não podiam ser mais fáceis de fazer: 4 jogos, 4 vitórias, 14 golos marcados e ainda não sofreu golos. Visto assim, desta forma, é tudo um mar de rosas, mas ontem, na Islândia, a exibição de Portugal esteve longe de ser perfeita. No entanto, ao minuto 89, Cristiano Ronaldo não podia ter melhor prenda no jogo 200 com a camisola da Seleção Nacional, pois foi ele quem, após grande passe de Raphael Guerreiro e assistência de Gonçalo Inácio, rematou com sucesso com o pé direito. Nesta fase do jogo, diga-se, Portugal jogava em superioridade numérica, por expulsão de Willumsson ao minuto 81. A primeira parte, digamos assim, não teve sal, nem pimenta. Portugal até deu sinais de querer vincar cedo o seu estatuto, mas a verdade é que os islandeses acertaram marcações a meio-campo a partir dos 10 minutos e a seleção portuguesa sentiu inúmeras dificuldades para construir, nesta fase, uma jogada com princípio, meio e fim. Ainda assim, Portugal criou duas ocasiões de golo, mas ambas na sequência de cantos. Porém, aos remates de cabeça de Rúben Dias (8’), primeiro, e Pepe (16’), depois, Rúnarsson, guarda-redes da Islândia, respondeu com atentas defesas. Mas desengane-se quem pensar que a Islândia só quis defender. Nada disso. Tanto Palsson (24’), como Johann Gudmundsson (41’), tentaram o golo, ainda que sem sucesso. Estava claro que Roberto Martínez, selecionador de Portugal, tinha de fazer qualquer coisa. Mas não. O treinador optou por nada alterar mas Portugal voltou a entrar bem após o intervalo, aqui sim, a trocar bem a bola e a criar ocasiões para finalizar, sem, porém, construir uma grande oportunidade, também fruto de um bom posicionamento defensivo da Islândia – a exceção é um cabeceamento de Ronaldo, ao minuto 50, na sequência… de um canto. O jogo não tinha, agora, grandes motivos de interesse, Portugal não tinha sequer um remate enquadrado na segunda parte – a melhor oportunidade até tinha sido da Islândia, através de um estouro de Willmunsson que saiu ao lado (72’) -, mas a expulsão de Willmunsson e as alterações entretanto operadas por Roberto Martínez acabariam por dar frutos, uma vez que a jogada começa em Raphael Guerreiro e passa pela cabeça de Gonçalo Inácio, entretanto chamados ao jogo, antes de acabar no pé direito de Cristiano Ronaldo. E golo! Portugal pôde, enfim, respirar, ainda que a exibição tenha estado longe de ser perfeita.
