Boavista «Coragem de lançarmos miúdos para chegar ao empate»

O treinador do Boavista, Armando Teixeira (Petit), mostrou-se conformado com o empate alcançado este sábado pela equipa que orienta diante do SC Braga (1-1), no jogo da 33.ª jornada da Liga disputado no Estádio do Bessa Século XXI, no Porto, e em que o golo de Yusupha Njié, aos 90+4’, para os axadrezados, impediu a vitória dos ‘guerreiros do Minho’ e desde já a garantia, para estes, do terceiro lugar da classificação final do campeonato e que irão jogar a 3.ª pré-eliminatória da Champions League.

«Acho que [o resultado] se ajusta ao que foi o jogo, entre duas boas equipas boas, e que praticaram bom futebol, apesar de no primeiro tempo não se terem registado muitas ocasiões de golo. Já a segunda parte foi bem mais emotiva. Nos últimos 55 minutos, o jogo ficou partido, poderia ter caído para qualquer dos lados», disse o técnico do Boavista na sala de imprensa do Bessa, após um encontro que seguiu da bancada, pois cumpriu castigo, e por esse motivo não esteve, como é hábito, no banco de suplentes a comandar as operações.

«O SC Braga marcou num lance de infelicidade nossa e numa jogada em que parece que a bola sai [das quatro linhas], Bruno [Onyemaechi] abrandou e o golo foi uma infelicidade do Reggie [Cannon, aos 59’]. Mesmo assim, continuámos, mesmo se sabendo que o adversário possui uma equipa de qualidade e gosta de ter a bola», recordou Petit.

«Arriscámos tudo, com jogadores frescos e quase no fim lançámos mais dois ‘meninos’, Martim [Tavares] e [Tiago] Machado, este último ainda júnior. Chegámos ao empate também muito fruto dessa coragem que tivemos, em meter miúdos e em terminar com muita gente lá na frente», observou o treinador da equipa portuense, naquele que foi o último jogo do capitão de equipa, o guardião Rafael Bracali, de 42 anos, no Bessa, ante os adeptos do clube, após cinco épocas.

«Já lhe disse que foi um prazer trabalhar com ele. É um grande profissional e um grande homem. Sei que vai ter as maiores felicidades nas novas funções que terá… no Boavista. Foi uma homenagem bonita e justa, por tudo aquilo que fez por este clube. Não são momentos fáceis, mas estamos cá para o ajudar», concluiu Petit, sem esquecer a homenagem que marcou o dia no Bessa, de um profissional com 15 temporadas na Liga e que foi aplaudido pelas bancadas.