Jogou com Miura no Yokohama em 2021 e agora vê o antigo parceiro de ataque em Portugal na Oliveirense. Kléber, antigo avançado do FC Porto, Marítimo e Estoril, que até se encontra no nosso País com a família, está familiarizado com a mudança de King Kazu, até porque foi falando com o japonês no passado recente. Apesar dos questionamentos da idade, e das dúvidas que assaltam cada adepto entre a fronteira da cartada mediática com rendimento desportivo, o brasileiro, de 32 anos, afasta quaisquer receios ou problemas da equação, até porque vaticina horizontes bem coloridos. «Tem uma experiência difícil de igualar, isso no balneário será muito importante, seja em momentos difíceis ou de euforia. Ele sabe controlar tudo! Chega a Portugal para ajudar a buscar essa promoção do clube à 1ª Divisão, se não for agora, será na próxima temporada. Vai ajudar a montar a estrutura», conta Kléber, abrindo aqui o cenário de Miura prolongar a sua vida em Portugal para lá dos cinco meses do empréstimo como cabeça de cartaz de maiores ambições da SAD oliveirense. «É de tirar o chapéu, é uma grande aposta. Ele sempre me perguntou sobre a vida em Portugal. Eu sou suspeito, falei maravilhas e ele sempre teve interesse em saber mais, porque na sua mente estava uma nova aventura. Torço para que seja muito feliz, ainda para mais vou estar cá para ajudá-lo no que precisar», confessa Kléber, explicando o grau de dedicação do japonês aos 55 anos. «Ele não facilita um segundo, cuida da alimentação, do corpo e do sono como ninguém. É um absurdo! Vai ser uma mais-valia no futebol português, não só no campo, pois ele goza de um poder mediático muito forte, arrasta muita coisa consigo e pode expandir a imagem de Portugal no Japão», sugere o brasileiro, avisando… «Vai mexer com as mentalidades, vai fazer ver que é possível os atletas prolongarem a carreira para lá dos 40 anos. Ele está ‘fora da curva’, conseguindo fazer o que faz com 55 anos e sem perder treinos», revela, ciente da motivação de Kazu Miura em mais esta etapa. «Eu sei que ele procura recordes, gosta de os quebrar e desafiar limites. Mas atenção! Ele é merecedor, não está só por estar. Vem para participar no projeto e para competir. Não duvidem que vai competir pelo seu lugar. E se alguém precisa de desabafar ele é o primeiro a querer ouvir», partilha Kléber, dando conta de uma rápida integração. «Ele fala muito bem português e faz de qualquer grupo um grupo vencedor. Anima ainda o balneário. Com ele é sempre samba, canta, dança e samba de verdade! Faz tudo. Conhece as raízes brasileiras, adora a música e tem facilidade de conviver com toda a gente. Conta muitas histórias engraçadas do que viveu no Brasil», brinca.
