Em momento de paragem competitiva devido aos compromissos das seleções nacionais, o universo bracarense ficou a saber, ontem, da novidade dada em primeira mão pela figura maior do clube: António Salvador anunciou a sua recandidatura à presidência dos guerreiros do Minho. Na ocasião, o líder máximo dos arsenalistas aproveitou ainda para assumir que «o ano de 2024 foi o melhor de sempre da história do SC Braga, a todos os níveis», destacando as «conquistas em todas as áreas» e os «mais de 90 títulos» alcançados. E ainda que a referência de Salvador, neste caso concreto, tivesse que ver com tempos mais recentes, importa recordar o seu início no emblema arsenalista, corria o ano de 2003. Há mais de duas décadas, portanto. E foi com esse objetivo que A BOLA esteve à conversa com José Nuno Azevedo, nome grande da história do SC Braga e um dos eternos capitães. O antigo lateral-direito fazia parte da equipa os bracarenses na época em que Salvador assumiu a presidência da SAD e recorda, agora, alguns momentos marcantes do líder. «Quando chegou ao SC Braga, era ainda mais impulsivo do que é hoje. O que era absolutamente normal, não só pela sua personalidade, como também pela inexperiência que tinha. A sua entrada foi muito importante porque permitiu solucionar alguns problemas que tínhamos naquela altura e acabámos por conseguir a manutenção», assinala. O trajeto de António Salvador está plasmado na história e José Nuno Azevedo não esconde o apreço pelo presidente. Afinal, do seu tempo para os dias de hoje, tudo mudou… para (muito) melhor: «O SC Braga transfigurou-se. Saneamento económico, projeto desportivo e crescimento infraestrutural. O clube hoje tem tudo, tanto para o futebol sénior, masculino e feminino, como para a formação e para as modalidades. São 22 anos de um trabalho de excelência. António Salvador juntou visão e uma competência tremenda. Eu jamais pensaria que o SC Braga seria o que é hoje. É o presidente mais importante da história do clube, sem margem para dúvidas.» Zé Nuno Azevedo acompanha o líder no sonho de ver o SC Braga «campeão» «Creio que ainda há algo que falta fazer e isso é fazer do SC Braga campeão. Por isso é que eu me recandidato». Esta foi, porventura, a declaração mais forte de António Salvador no momento do anúncio oficial que fez ontem. Sonho, dirão uns, utopia, pensarão outros. Mas a ideia está lá e terá de ser, no mínimo, respeitado. Sendo que há quem a partilhe. «Sei que estamos num país em que não é fácil um dos denominados três grandes não ser campeão, mas que o SC Braga tem condições para chegar lá, por todas as razões, tem. É uma missão difícil, mas possível. Haverá, claro, vários obstáculos, mas dentro das quatro linhas é possível o SC Braga atingir esse objetivo», assume José Nuno Azevedo. Instado sobre se Carlos Carvalhal pode ser o treinador a conseguir levar o clube a esse patamar, o antigo capitão é claro: «Poderá passar por ele, sim. Acredito que continuará a ser o treinador do presidente Salvador e a qualidade está lá. Tem uma ideia muito positiva do futebol. Os resultados falam por si e pode ganhar ainda mais títulos.»
