Dúvidas, incertezas e hesitações. Um cenário de desconfiança que, convém lembrar, deu os seus primeiros sinais logo na pré-época com algumas fragilidades visíveis. Primeiro golpe? A lesão daquela que tinha sido a maior aposta do leão para o setor defensivo: St. Juste. Seguiu-se, mais tarde, novo contratempo, desta feita com Neto. Amorim olhou para dentro e a sobrecarga de jogos a Coates ou Gonçalo Inácio obrigou a chamadas de jovens como Marsà ou Chico Lamba, entre outras adaptações. Muitas mudanças, muitos testes e… muita instabilidade que custou comprometedores pontos numa fase prematura da época. Basta recordar que esta equipa - aquela que no jogo com o Gil Vicente (0-0) conseguiu uma série inédita de cinco jogos sem sofrer golos na Liga na era Rúben Amorim em Alvalade - foi a mesma que nesta mesma temporada, ainda há poucos meses, esteve (imagine-se…) num penoso registo de 10 jogos consecutivos sempre a sofrer golos. Afinal, o que mudou nestes últimos meses? As dinâmicas defensivas, um maior leque de opções ou uma estabilidade exibicional de algumas das peças mais experientes? Entre todas estas opções, duas saltam à vista até ao adepto menos atento. Falamos da recuperação dos índices físicos de St. Juste e ascensão (quase meteórica…) de Diomande. Para se ter uma ideia: com o neerlandês em campo (nos 20 jogos que soma na Liga, 853 minutos, o leão sofreu… cinco golos). Com o costa-marfinense, por sua vez, apenas seis jogos, dois golos sofridos. Curiosamente, juntos, somam apenas duas partidas, escassos 50 minutos (Santa Clara e Portimonense) sem golos sofridos.