Gonçalo Paciência chegou a Pepa antes de Pepa chegar a Paciência. Confuso? O Sport Recife explicou como conseguiu a contratação do avançado português, referindo que ela não foi sugestão do treinador, embora também português, mas foi sim uma proposta bem aceite.A sugestão partiu do departamento de análise de recrutamento, com o sim final do jogador a ter um dedo de Pepa. «Temos um departamento de mercado que vê jogos 365 dias no ano, procurando jogadores e possíveis contratações. E assim foi feito. O Odair Dal Molin, que é o nosso "head coach", com o Caio Felipe e o Arthur Alecrim, detectaram o jogador e trouxeram-nos a proposta, contou ao Globoesporte o diretor executivo de futebol Sport, André Figueiredo. «Foi coincidência ele ser português. O Pepa conhecia o jogador e deu o aval para que viesse, mas entrou num processo que o clube já tem instaurado», complementou Figueiredo, referindo que depois de escolhido um jogador, Pepa telefona diretamente.A diretoria para o futebol recebeu a proposta dos olheiros e aprovou, levando o caso a Pepa, que até se mostrou supreendido por poder contratar o avançado que estava no Hiroshima do Japão há apenas seis meses.«Ele não se surpreendeu em relação a gostarmos do jogador e da sua qualidade, mas sim quanto à possibilidade de ele vir», explicou Figueiredo. «Por costume, além de mostrar toda a nossa estrutura, o Pepa ligar para o jogador para conversar com ele, para entender onde ele joga, o que ele gosta, o que ele não gosta, para ter um "feeling". O Pepa ligou ao Paciência - acho que eles já tinham um telefone um do outro – e também participou e tem participado de todas as contratações», contou André Figueiredo.