Os clubes da Premier League estão à beira de chegar a um acordo para retirar a publicidade a sites de apostas da parte da frente das camisolas, onde está o maior destaque do equipamento. De acordo com o jornal The Times, a proposta será discutida esta quinta-feira, como forma de antecipação a uma lei governamental que poderá proibir totalmente este tipo de publicidade, mergulhando, previsivelmente, os clubes em quebras de contrato e consequentemente de receitas. Esta tarde vai discutir-se a hipótese de a promoção poder continuar a ser feita nas mangas. O governo vai publicar em abril o livro branco sobre as apostas, um documento que procura definir algumas linhas orientadoras sobre o tema, pelo que a Premier League pretende suavizar uma eventual posição governamental mais radical, de proibição total. Recorde-se que os jogadores Kieran Trippier, Ivan Toney ou Joey Barton foram apanhados em casos de apostas ilegais. Atualmente, oito clubes dos vinte clubes da Premier League têm um site/casa de apostas como patrocinador principal na frente da camisola - nenhum deles dos chamados ‘big six’ (Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham) -, como são os casos de Newcastle, Fulham (terminam contratos no final da época), Wolverhampton, Everton, West Ham ou Brentford. Numa jogada de antecipação ao governo, pode ser já publicado em abril um documento assinado pelos clubes para votação e ratificação na reunião marcada para junho. Seria depois pedido um período de três anos para implementar a medida sem implicar quebras de contrato assinado entre equipas e os sites de apostas desportivas.
