A Assembleia Geral (AG) da Liga Portugal aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, a proposta de distribuição equitativa das verbas de solidariedade provenientes da UEFA aos clubes da Liga 2, um montante superior a 13 milhões de euros.Tal medida visa garantir um apoio financeiro equilibrado entre todas as SAD. «Hoje é um dia histórico para a Liga Portugal. Tive oportunidade de o dizer aos representantes das 34 Sociedades Desportivas e repito-o: este é o dia mais reconfortante para mim enquanto presidente da Liga Portugal. É um orgulho ser Presidente da Liga Portugal pela união e solidariedade que os Clubes demonstraram hoje. Não são apenas palavras, são decisões, e é histórico que os clubes tenham decidido dividir entre eles, de forma unânime, mais de 13 milhões de euros. Um sinal inequívoco de que o Futebol Profissional está unido e de que os Clubes querem seguir este rumo em conjunto. Este movimento solidário e histórico iniciado pelo Paços de Ferreira e a que todos aderiram sem exceção é ainda mais importante do que a aprovação dos resultados operacionais históricos do Relatório e Contas. Quase uma década depois de estar na liderança da Liga Portugal, isto marca-me profundamente. O Futebol Profissional deu uma demonstração de respeito e cooperação que jamais tinha visto, o que constitui um sinal muito positivo para o futebol português», disse o presidente Pedro Proença. A Direção da Liga, constituída por Casa Pia, FC Porto, Rio Ave, Benfica, Sporting, Chaves, Paços de Ferreira e Vizela já tinha manifestado de forma unânime a intenção de manter o espírito de solidariedade relativamente às verbas da UEFA para os clubes que não participam nas provas europeias, evitando assim que os emblemas da Liga 2 saiam penalizados. «Histórico» «Pelo quadro normativo da UEFA, o montante que foi dividido poderia ter sido alocado apenas aos representantes da Liga, mas houve um movimento absolutamente inorgânico assumido por todos eles com sentimento de responsabilidade em AG. Os maiores clubes em Portugal decidiram, de forma unânime, votar em espírito de solidariedade. Foi absolutamente histórico aquilo que hoje se viveu», sublinhou ainda. Foi ainda aprovado o Relatório de Atividades e Contas referentes à época 2023-2024, com resultados operacionais positivos a rondar os 2,6 milhões de euros. Com rendimentos de €29 milhões (€29.087.012), o maior valor da história do organismo, face a gastos de €26,5 milhões (€26.488.210).