11 abril 2025, 12:00
Casa Pia com olho para as vitórias e para... o negócio
Vertente desportiva aliada à financeira: clube de Pina Manique encaixou mais de 12 milhões de euros nas últimas vendas. Diogo Boa Alma, um dos responsáveis, destaca apostas
Antigo diretor desportivo do Casa Pia revela como descobriu e recrutou o ponta-de-lança, que atualmente representa o Rio Ave; considera natural o interesse do FC Porto nos seus serviços e compara-o com Samu
— O nome mais sonante entre os jogadores que Diogo Boa Alma recrutou foi Clayton — atualmente no Rio Ave — que tem estado em destaque na Liga. Como o descobriu?
— Tentei-o e cheguei a falar nele no Vitória de Guimarães, quando estava lá estava como diretor desportivo. Quando se dá a minha entrada no Casa Pia, falei imediatamente nele para o agarrarmos, tivemos a felicidade de ele ter tido uma transferência por empréstimo para o Coritiba, para a Série A do Brasileirão, e não se afirmou, não estava a jogar com regularidade e por isso pudemos resgatá-lo ao Vila Nova.
— Ele mostrou logo o seu valor?
— Foi uma contratação acertada, com muitos problemas iniciais, por ele não estar tão preparado para o contexto que vinha encontrar aqui e ter tido uma afirmação muito rápida. O Clayton é um jogador que até aos 19 anos não era um jogador de futebol de onze, jogava futsal. É um jogador por quem tenho um carinho enorme, que me chama paizão, por todo o apoio que lhe fui dando nessa altura.
— Como encara a sua evolução até agora?
— Os primeiros tempos foram difíceis em Portugal e fico muito feliz por ver como está agora. Em tão poucos anos de futebol de onze, ele evoluiu muito e, atendendo à sua idade, acho que ele ainda vai evoluir muito mais. Se tiver estímulos cada vez maiores, for subindo de patamares, vai corresponder, absorver ainda mais e trazer cá para fora mais coisas que as pessoas ainda não viram no futebol do Clayton.
11 abril 2025, 12:00
Vertente desportiva aliada à financeira: clube de Pina Manique encaixou mais de 12 milhões de euros nas últimas vendas. Diogo Boa Alma, um dos responsáveis, destaca apostas
— Clayton, avançado brasileiro de 26 anos, foi lançado no Casa Pia, transferido para o Brasil (Vasco da Gama) e regressou a Portugal, no caso para o Rio Ave. Atualmente com 17 golos em 31 jogos, o atacante já despertou as atenções dos grandes, nomeadamente do FC Porto, que o colocou na lista de prioridades. Acredita que o FC Porto encontra em Clayton características semelhantes a Samu e lhe projeta um caminho semelhante numa perspetiva de curto, médio prazo?
— Entre Clayton e Samu? Têm um perfil distinto. O Samu destaca-se pela vertente física e é um bom finalizador, mas o Clayton também tem essas características. Mas é um jogador que, a meu ver, tem algumas coisas extra que o Samu ainda tem de melhorar, como jogar de costas e a articulação com os companheiros.
— Vê Clayton a representar um grande a breve trecho?
— O Clayton é muito evoluído, muito forte na pressão e no jogo sem bola. Fez golos aos três grandes e ao SC Braga e, em quase todos eles, foi com ele a pressionar, ganhar a bola no erro do defesa, isolar-se e finalizar porque é um jogador que hoje se pede muito. Pede-se muito aos avançados este jogo sem bola, esta pressão, e ele é verdadeiramente o primeiro defesa da sua equipa. Com isso, conquista muitas bolas e tem dado muitos golos também ao Rio Ave e, por isso, acho que é um avançado completo e que pode encaixar também em qualquer equipa em Portugal. Falou-se também do interesse do Benfica, não sei se foi verdadeiro ou não, fala-se do FC Porto — acho que ele tem perfil para jogar em qualquer dos três grandes.