O treinador do Sporting, Rúben Amorim, repisou, na sala de imprensa de Alvalade, após a vitória dos leões sobre o Santa Clara por 3-0, em encontro da 26.ª jornada da Liga disputado este sábado, que a equipa teria outros argumentos para lutar pelo título e objetivos mais altos caso tivesse começado a época na forma que agora evidencia, tal como deixou entender logo após a partida, então ainda em declarações à Sport TV. «Vejam, por exemplo, o Diomandé: entrou em janeiro! Isto para dizer que os jogadores precisam é de tempo! Matheus [Nunes] controlava a bola para a frente, mas foi-se embora. Depois, foi o Porro. Tivemos de adaptar sempre a forma da equipa aos jogadores. Obviamente que gostaria de começar agora, mesmo numa segunda volta que não é perfeita, em que perdemos com FC Porto em casa [1-2]. Mexemos com alguns jogadores nucleares, agora estamos novamente a fazer uma base. É claro que gostaria de estar agora a começar o campeonato», afirmou Rúben Amorim aos jornalistas, após o jogo. A polivalência e rotatividade, quer de utilização na equipa, quer de posições em campo, é princípio do qual, avisou Rúben Amorim, não abdica. «Mudando as caraterísticas dos jogadores e posicionamentos, a verdade é que quase todos eles fazem mais do que uma posição. E mais: só no último dia é que sabem que jogam: não treinam sempre uns com os outros, os titulares e os suplentes. O Morita faz as duas posições, o Tanlongo também, por exemplo», disse. «Quando se começam todos a entrosar, é mais fácil. É algo que fazem no treino. Não interessa quem joga: as ideias e os posicionamentos estão lá. A rotatividade é um pouco o futuro: todos os jogadores têm de se sentir importantes ou o treino ‘vai abaixo’! Se tivéssemos só 14 jogadores… O Youssef [Chermiti] não entrou, mas os jovens são importantes e têm de se sentir importantes. Há os que estão bem, em termos físicos e mentalmente, mas não têm minutos», admitiu Rúben Amorim, que, tal como fizera à Sport TV, voltou a elogiar a adaptação de Arthur Gomes a lateral-direito/extremo. «[Arthur] correspondeu muito bem, é fortíssimo na forma como ataca as costas dos laterais contrários, talvez o nosso melhor jogador a fazer isso. O Santa Clara pressionou mais alto na segunda parte, criou-nos dificuldades, e a ele. Mas até em transições cortou duas bolas: fez um jogo completo», concluiu.