SC Braga aproveitou falha do Arouca para marcar o primeiro e chegou ao segundo através dos quase dois metros de Racic. Tudo antes do intervalo. O Arouca ameaçou forte no segundo tempo, reduziu, mas não chegou ao empate
Estava a luta pelo terceiro lugar em cima da mesa e o SC Braga, à custa de cinco minutos muito fortes a fechar o primeiro tempo, mantém-se por dentro dessa luta. Para já, até terminar o Estoril-FC Porto deste domingo, está isolado atrás de Sporting e Benfica. Depois, ver-se-á. Mas não foi simples para os bracarenses somarem mais três pontos, sobretudo porque a segunda parte do Arouca foi muitíssimo boa e esteve bem perto de sair da Pedreira com um pontinho.
Se pegássemos no mais potente microscópio do mundo e o afinássemos para que ele descobrisse, nos primeiros 15 minutos do jogo, algo de interessante, pouca coisa encontraríamos. As duas áreas, a do alemão Nico Mantl e a do checo Lukas Hornicek, quase poderiam ter sido desaparecido que ninguém daria pela sua falta.
Muita bola trocada fora delas, sim, sobretudo entre os jogadores do SC Braga, com João Moutinho e Uros Racic em bom plano, rodando-a por ambos os flancos, tentando as entradas de Zalazar e Ricardo Horta pela direita e pela esquerda. O Arouca, ao invés, tinha bem menos bola e estava muito mais estático. Não por opção, mas porque os guerreiros assim o impunham.
Médio e avançado dividiram os destaques, com uma assistência e um golo cada um, sendo essenciais no triunfo dos guerreiros; boas exibições de João Moutinho e também de Francisco Chissumba
Só quando o relógio cruzou o minuto 18 apareceu algo de entusiasmante. Os aroquenses trocaram muito bem a bola a meio-campo, abriram na direita e cruzaram para a área, onde Jason apareceu a recargar para o fundo da baliza, depois de defesa incompleta de Hornicek. Porém, azar dos azares, havia fora de jogo do espanhol do Arouca. Logo, golo invalidado.
O momento mais interessante do jogo até aí estava apagado por alguns centímetros irregulares. Quatro minutos depois, de novo em boa jogada, agora dos bracarenses, a bola entrou na baliza de Mantl, após cruzamento de Ricardo Horta e finalização de Gabri Martínez, a meias com Zalazar. Novo azar dos azares, agora para os guerreiros. Havia fora de jogo por alguns centímetros.
Esperou-se mais uma quinzena de minutos para que a emoção voltasse. E voltou em força. O passe de Pedro Santos para Taichi Fukui ficou a meio caminho, Racic intercetou-o, abriu em Ricardo Horta, o qual, com um remate em arco, desfez o 0-0. Sem fora de jogo, por fim.
Estávamos nos 40 minutos e a emoção ainda não terminara. Mesmo em cima do intervalo, Ricardo Horta marca um canto e retribui a Racic a assistência que este lhe fizera para o 1-0. A cabeça do sérvio, que mede 1,93 metros, fez o resto. E assim, com 2-0 ao intervalo, o resultado parecia fechado.
Mas não estava. A segunda parte, talvez contaminada pelos últimos minutos da primeira, foi mais divertida. Desde logo porque, a perder por dois golos de diferença, o Arouca apareceu mais desinibido e a jogar perto da baliza de Hornicek. E marcou, aos 69’, num passe de Henrique Araújo para o uruguaio Trezza (sete centímetros em jogo) reduzir para 2-1.
Até final, quase só deu Arouca. O SC Braga manteve alguma bola em seu poder, sim, mas quase pareceu uma avalancha adversária em busca da igualdade. O Arouca tentou, tentou muito, esteve pertinho de lá chegar, mas não chegou.
Sugestão de vídeo