Tem lugar esta quarta-feira, no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL, à Junqueira), o 47.º Congresso da UEFA, que terá como ponto mais alto a reeleição do esloveno Aleksander Ceferin (candidato único), para novo mandato na presidência, que coincidirá com alterações importantes às competições europeias, depois de afastado o fantasma da Superliga Europeia. Na mesma altura proceder-se-á à eleição dos oito membros que compõem o Comité Executivo da UEFA, para mandatos de quatro anos, a que acresce ainda mais uma eleição de outro membro, para um período de dois anos. Hoje haverá uma reunião do Comité Executivo cessante da UEFA, da qual não se prevê que saia qualquer comunicação. Além da reeleição de Ceferin, em primeiro plano estará Fernando Gomes, 71 anos, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que terminará mandato em 2024, abandona o Comité Executivo da UEFA por ter atingido o limite de idade, transitando para o Conselho da FIFA, por um período de quatro anos, ocupando um dos dois lugares atribuídos à UEFA. Gomes tem a eleição assegurada, depois da saída da corrida a tão relevante posição, no órgão que superintende o futebol mundial, do francês Noel Le Graet, envolvido num caso de assédio sexual na Federação gaulesa. Desta forma, Portugal, Espanha e Marrocos passam a ter, num lugar que permite inúmeros contactos diplomáticos, um embaixador da candidatura conjunta ao Campeonato do Mundo de 2030 que protagonizam, cuja atribuição ocorrerá, em princípio, em meados de 2024. Depois de ter revolucionado a FPF, com uma gestão que deixa não só títulos, solidez financeira, e ainda obra feita, Fernando Gomes continuará um percurso que se iniciou em 2010, quando assumiu a presidência da Liga e continuou no final de 2011, ao ser eleito líder federativo. Seguiram-se cargos ao mais alto nível na UEFA, de onde transita para o organismo mais importante da FIFA.
