O governo espanhol está profundamente preocupado com as consequências que o escândalo Barcelona/Enríquez Negreira possa ter na candidatura conjunta de Espanha, Portugal e Ucrânia à organização do Campeonato do Mundo de 2030, segundo noticia o jornal AS.Receia que o caso prejudique a imagem do futebol do país vizinho e que disso se procurem aproveitar os outros aspirantes a organizar o evento, sobretudo a Arábia Saudita. O próprio primeiro-ministro, Pedro Sánchez, que tem apoiado fortemente o projeto da candidatura, deu ordens para que se investigue até às últimas consequências as alegadas relações perigosas entre o Barça e Enríquez Negreira, de tal forma que, caso haja matéria para processo penal, o Estado constituir-se-á como assistente. O Ministério Público espanhol prossegue a investigação do caso que foi iniciado, em primeira instância, pela Agência Tributária, ao detetar irregularidades nas tributações da empresa de Enríquez Negreira, a DASNIL 95 SL, que nos dois decénios de relação com o Barcelona terá faturado cerca de 7 milhões de euros ao clube, a troco de relatórios e vídeos de consultadoria sobre arbitragem aparentemente sem valor para tanto, suspeitando-se, assim, que Negreira, enquanto vice-presidente da Comissão de Arbitragem, terá prestado ao Barça outros favores menos claros. Já em 1998 o então presidente do Atlético de Madrid, o malogrado Jesús Gil y Gil, queixava-se de que Negreira «dá campeonatos ao Barcelona». O antigo árbitro não parece gozar de boa saúde, segundo os seus advogados sofre de princípios de Alzheimer, o que poderá permitir-lhe não ter de sentar-se no banco dos réus - a nível desportivo, tudo prescreveu em 2021 -, caso toda esta polémica termine na barra dos tribunais civis. Leia mais na edição digital ou na edição impressa de A BOLA.
