O treinador do Gil Vicente, Bruno Pinheiro, reconheceu a importância da vitória alcançada frente ao Vila Real, na Taça de Portugal, e salientou que seria ideal repetir um resultado semelhante no confronto com o Vitória de Guimarães. «Ganhar seria ótimo. Sem sofrer golos seria um extra. É esse o objetivo que temos em mente e é por isso que trabalhamos todas as semanas», afirmou o técnico, em conferência de imprensa, reforçando o desafio de jogar num «campo extremamente difícil». Para o treinador dos galos, o Vitória de Guimarães é uma equipa «bem trabalhada, com bons jogadores e um treinador de qualidade», além de contar com uma «massa associativa muito forte». Ainda assim, sublinhou: «Vamos trabalhar para ganhar e é com esse intuito que vamos a Guimarães». Questionado sobre o que falta à equipa para inverter o ciclo de três derrotas consecutivas no campeonato, o treinador focou-se na necessidade de maior consistência defensiva. «Por norma, fazemos sempre golos. Mas temos de ser mais consistentes na parte defensiva, especialmente nos últimos minutos do jogo, para conseguir manter a baliza aos eixos», explicou, rejeitando atribuir os maus resultados a fatores externos. «Não gosto de usar justificações que não controlamos, como infelicidade ou decisões alheias. O que importa é mantermos a nossa ideia e sermos mais práticos na defesa». Quanto à possibilidade de o Gil Vicente beneficiar do desgaste do adversário, que jogou a meio da semana na Liga Conferência, Bruno Pinheiro foi cauteloso. «Em teoria, é uma vantagem, mas o Vitória de Guimarães tem feito uma gestão fantástica do plantel. Acredito que apresentarão um onze diferente e estarão fisicamente e mentalmente preparados para o jogo», comentou. Bruno Pinheiro, que orienta o Gil Vicente desde a segunda jornada, reconheceu que ainda falta trabalho para moldar a equipa à sua imagem. «Tivemos algumas lesões que nos penalizaram bastante. Nunca conseguimos ter o plantel totalmente disponível, o que impede, muitas vezes, dar continuidade ao trabalho feito», lamentou. Ainda assim, vê potencial no grupo: «Fizemos coisas boas em termos de futebol, mas em resultados nem sempre fomos felizes. Temos de aprender com os erros e ser mais consistentes». Sobre o impacto de jogar em casa ou fora, o técnico de 48 anos destacou que «em casa, por norma, é mais fácil», mas reconheceu que há momentos em que jogar perante o seu público pode trazer mais pressão. «Por vezes, a obrigação de ganhar torna o jogo mentalmente mais difícil. Ainda assim, os jogadores e a equipa técnica trabalham para serem competentes em qualquer contexto», garantiu. Quanto à possibilidade de ajustes no mercado, o treinador deixou claro que o foco principal está em recuperar jogadores indisponíveis. «Só agora contamos com o Josué e o Facundo regressou ao banco. O Sithole e o Mori estiveram indisponíveis e o Fuji regressou agora. Não é que quem esteja não seja competente, mas há falta de soluções em alguns momentos do jogo», explicou, reforçando a confiança no grupo para o jogo em Guimarães: «Com os regressos, estaremos fortes».