Após a vitória por 3-1 frente ao Farense, Bruno Lage, treinador do Benfica, mostrou-se satisfeito com a exibição das águias no segundo tempo, falou das correções feitas ao intervalo, elogiou a exibição de Schjelderup e confessa que ainda não tem mais informações sobre uma possível lesão de Di María. — Foi um Benfica que parece ter tido duas caras, uma antes do intervalo, que não parece ter sido ao nível da exigência pedida, e outra na segunda parte. — Sim, e também com a exigência de jogar com dois dias de intervalo para uma final tão disputada como foi aquela [da Taça da Liga, frente ao Sporting]. Não estivemos bem no lance do golo do Farense, apesar da primeira oportunidade ser nossa. Tentámos, na emoção, durante a primeira parte, criar oportunidades de golo e virar o resultado. Não conseguimos. Tivemos uma conversa importante no balneário e dois ajustes determinantes: puxar o Zeki [Amdouni] mais como ponta de lança ao lado do Arthur, puxar o Schjelderup e o Fredrik [Aursnes] para dentro, manter os dois laterais abertos mas, fundamentalmente, perceber como se joga aqui. Procurámos, na primeira parte, a linha de fundo para cruzar e o Farense, com uma linha de 5, não nos deu espaços. Tentámos passar do que fazemos num campo de dimensões largas para este e começar, a partir do meio do meio-campo, a fazer os nossos movimentos. Acho que conseguimos. A circulação foi mais forte, a chegada à área foi mais forte. Acho que os jogadores perceberam os ajustes táticos e aquilo que queríamos. Acabamos por ser justos vencedores. — Na primeira parte, parecia ser Schjelderup e Di María a tentarem entre linhas, mas pouco eram descobertos. Foi isso que tentou mudar ao intervalo? — Sim, porque, da mesma maneira que o Farense cobria a largura com linha de 5, depois, no meio, só tinha dois jogadores. Tínhamos de encontrar esses jogadores e, a partir daí, dar sequência. Na primeira parte, estávamos a chegar muito perto da área, com o Farense mais colocado na área e os jogadores mais próximos dos espaços. Foi muito importante os jogadores perceberem como jogar no São Luís. — Sobre Di María, não sei se tem alguma informação, mas pareceu algo muscular. — Não, ainda não temos. Foi uma ligeira queixa. Resolvemos trocar de imediato. — Schjelderup volta a estar num excelente nível. É alguém que 'renasce' neste Benfica? Pode ser um exemplo? — Não sei se renasce ou não. Sei que começou a jogar connosco. Está no Benfica há algum tempo, começou a jogar connosco. Sinto que o lançámos no momento certo. Quando chegámos, em setembro, o Akturkoglu fez seis ou sete fantásticas exibições e agora temos uma alternativa muito válida que é o Andreas [Schjelderup]. Tenho dois jogadores com golo, que sabem jogar entre linhas, para a mesma posição. Sou um treinador feliz. É isso que quero nas diversas posições.