Loum, Nanu, Tomás Esteves, Romário Baró e Carraça. São cinco os jogadores do FC Porto que regressam de empréstimo, sem grande perspetiva de se fixarem no plantel, mas há um caso que também se enquadra no chamado excesso de contingente: Bruno Costa. A um ano de terminar contrato, será negociado ou envolvido num futuro negócio dos dragões. O ideal, na ótica da SAD, seria minimizar os danos e recuperar algum do investimento feito na compra de metade dos direitos económicos do médio - €2,5 milhões, acrescidos de mais de 221 mil euros em encargos adicionais. O mercado árabe, que o procurou em janeiro, poderá fornecer uma saída. Em junho de 2021, Bruno Costa foi adquirido ao Portimonense, clube que detém os restantes 50 por cento do passe. Conheceu uma época muito produtiva no Paços de Ferreira (33 golos, quatro golos e três assistências), onde estava cedido pelos algarvios, brilhando num meio-campo onde também pontificava Eustaquio. O luso-canadiano teve mais sorte e depois de meia época emprestado aos dragões pelos pacenses convenceu Sérgio Conceição e foi contratado em definitivo, vingando nos azuis e brancos. O mesmo não aconteceu com Bruno Costa: na época 2021/2022 disputou 21 jogos, a maioria, 15, na qualidade de suplente utilizado. RUTURA COM CONCEIÇÃO Na época passada, com utilização cada vez mais escassa, deu-se a rutura com o treinador, potenciada pelo mercado e por uma oferta sensacional proveniente da Arábia Saudita. Em janeiro, o empréstimo de Bruno Costa ao Al Khaleej, equipa da Arábia Saudita comandada por Pedro Emanuel, chegou a ser dado como praticamente fechado, mas Conceição não deu aval à saída. O treinador pretendia ter o grupo unido para atacar todas as frentes competitivas e espreitava proeza inédita: vencer a Taça da Liga, único troféu nacional que faltava ao FC Porto. Bruno Costa não chegou à final, porque na última semana de janeiro foi afastado para a equipa B, onde terminou a temporada. Um desentendimento com o técnico num treino foi-lhe fatal e a despromoção, que se julgava poder ser temporária, passou a ser efetiva. Bruno Costa completou 26 anos em abril e tem a seu favor um perfil apreciado também noutros mercados árabes, como o Catar e os Emirados Árabes Unidos, por força da conotação a um clube com a grandeza do FC Porto. Antes de surgir a proposta de Arábia Saudita, o seu nome fora associado a campeonatos mais atrativos, como Itália e França. Por vontade da SAD teria sido mesmo cedido ao Al Khaleej, porque o negócio representaria um bom encaixe, na ordem dos €1,4 milhões, poupança de meio ano de ordenados e uma possível venda definitiva. Se a situação de Bruno Costa se arrastar até agosto, não é de descartar a possibilidade de o médio rescindir amigavelmente, mas o plano imediato da SAD é tentar uma operação que permita algum encaixe.