Novo presidente da SAD mostra-se muito satisfeito com o que encontrou em Vila do Conde e diz que a nova equipa dirigente vai trabalhar para catapultar os rioavistas; assume que o projeto é a médio-longo prazo e que «este é o ano zero»; Alexandrina Cruz, presidente do clube e administradora da sociedade desportiva, prevê «um futuro ainda melhor para o Rio Ave»; Diogo Ribeiro, também ele com funções executivas na SAD, fala em «aproveitar o que existe» para ser dado «um passo em frente»
Aí estão as primeiras aparições públicas dos novos elementos da SAD do Rio Ave.
Boaz Jacob Toshav escolhido pelo grego Evangelos Marinakis, acionista maioritário. Diogo de Araújo Pinto Ribeiro, antigo diretor financeiro do Vitória de Guimarães, Alexandrina Cruz e Henrique Maia são outros nomes que fazem parte da sociedade
Depois de ontem ter sido formalizada a constituição da sociedade - Boaz Toshav (presidente), Diogo Ribeiro, Alexandrina Cruz e José Maia (administradores) -, este domingo foi a vez de ficarem a conhecer-se algumas das ideias dos representantes da SAD.
O novo modelo societário (que substituiu a Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas até aqui existente nos vila-condenses) é detido em 80 por cento pela RAH Sports Investment Limmmited, terá, então, como presidente o israelita Boaz Toshav, por indicação de Evangelos Marinakis, acionista maioritário da SAD do Rio Ave - o grego também é, recorde-se, proprietário do Olympiakos (Grécia) e do Nottingham Forest (Inglaterra).
Na altura de apresentar-se à massa associativa rioavista, Boaz Toshav mostrou-se bastante agradado com tudo o que encontrou no clube e falou dos objetivos que se pretendem para o futuro.
«Muito obrigado pelo acolhimento caloroso no Rio Ave, no estádio, nas instalações e em Vila do Conde. O nosso propósito é, sobretudo, aproveitar o que têm aqui. E o que vocês têm aqui, no nosso ponto de vista, é fantástico na ligação da comunidade com o clube e do clube tal como é. Não queremos fazer muitas alterações nem revoluções, bem pelo contrário. Queremos manter todas as coisas boas, a comunidade e os valores que encontramos aqui e apenas queremos acrescentar alguma coisa, profissionalismo, ao nível do futebol, ajudar ao nível da construção de instalações e levar o clube a níveis mais elevados em todos os aspetos. Mas, claro, sem esquecer de onde vimos e sem esquecer que o futebol, antes de tudo e sobretudo, pertence à comunidade e às pessoas. Isso é o mais importante no que toca ao futebol. O estado das instalações da academia é melhor do que o de algumas de outros clubes. Iremos ter prioridades, mas iremos melhorar o que considerarmos ter de ser melhorado. Este é o ano zero para nós. Em 2024/2025 queremos estudar, aprender com o que temos aqui e começar a melhorar. Porque isto é uma maratona. Nós vemos as coisas a longo termo. Iremos organizar tudo esta temporada, mas obviamente queremos elevar o clube a níveis mais elevados», anunciou, em declarações reproduzidas pelos meios de comunicação do Rio Ave.
Alexandrina Cruz com um horizonte de confiança
Também Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave e administradora da SAD eleita pela clube (a par de José Maia), deixou palavras de esperança para o futuro.
«São boas notícias para darmos aos sócios do Rio Ave e para Vila do Conde. Foram meses, praticamente um ano, na procura de uma melhor solução para o futuro do Rio Ave. Conseguimo-la de forma profissional e, por isso, o que espero para o Rio Ave, até por todo o trabalho que temos tido em conjunto com o investidor, é um futuro ainda melhor para o Rio Ave», assumiu.
Diogo Ribeiro projeta um «passo em frente»
Além de Boaz Toshav (presidente da SAD), a RAH Sports Investments Limited nomeou também Diogo Ribeiro para administrador da nova sociedade rioavista. O dirigente sublinha o bom trabalho que tem vindo a ser feito e diz que o grande objetivo é apenas retocar para melhorar.
«Não vamos mexer muito no que foi feito. Quem cá estava tem um amplo conhecimento do futebol, o clube tem 85 anos e, portanto, as pessoas percebem o que é o futebol em Portugal. A ideia será pegar em todo esse conhecimento, em todo esse lastro histórico, e aportar valor e dar um passo importante nas infraestruturas e nas sinergias dos conhecimentos sobre futebol. Assim, podermos crescer e fazer com que o clube cresça. A ideia é aproveitar o que existe e darmos um passo em frente», salientou.