Contratado em 2023/24 à Fiorentina, por €20 milhões, Arthur Cabral segue sem conseguir destacar-se no Benfica e a chegada do italiano Andrea Belotti em janeiro, por empréstimo do Como, reduziu ainda mais as chances do ponta de lança brasileiro de 26 anos. Nos últimos 10 desafios dos encarnados, Cabral jogou apenas 10' frente ao Estrela da Amadora, 4' em casa do Mónaco na 1.ª mão do play-off de acesso aos oitavos de final da UEFA Champions League, 11' com o Boavista e 6' na Luz frente ao Barcelona, na 1.ª mão dos oitavos da Liga dos Campeões. 31' no total, muito pouco para a expectativa do jogador. A última vez que alinhou a titular foi a 25 de janeiro (saiu aos 81'), no jogo com o Casa Pia (3-1), e o último golo que marcou foi ao Farense, a 14 de janeiro, na Taça de Portugal (3-1). Nos últimos 10 desafios dos encarnados, Cabral jogou apenas 31 minutos Depois de uma primeira época no Benfica em que marcou 11 golos (3 assistências) em 43 jogos, Arthur Cabral arrancou para 2024/25 mais focado em corresponder às ideias dos treinadores, mas, primeiro com Schmidt, e desde setembro com Bruno Lage, o atacante foi sempre opção de recurso e nunca primeira escolha de forma regular. Pavlidis é o número 1 no ataque e Belotti surge agora como a alternativa a que Lage mais recorre — o italiano já soma 10 jogos desde o início de fevereiro, 3 como titular; 323 minutos de competição, 1 golo. Arthur Cabral, esta temporada, tem 28 jogos, 770 minutos em campo, seis golos marcados e 1 assistência. Apesar de pouco utilizado, não deixa de apresentar números interessantes — precisa apenas, em média, de 128 minutos em campo para marcar golo. Em janeiro, o Benfica e Arthur Cabral tiveram algumas ofertas, a maioria para empréstimos, mas não agradaram ou ao jogador, ou à SAD dos encarnados. Ficou para lutar pela posição, mas as suas características não encaixam na habitual ideia de jogo da equipa técnica. Apresenta-se como solução desde o banco, quando a ideia é ganhar presença na área para um jogo mais direto, mas não é essa, por norma a matriz de jogo de Bruno Lage. No próximo verão, a saída voltará a estar em cima da mesa para o brasileiro, que há muito manifestou, junto dos seus representantes, o desejo de sair para jogar com mais regularidade. O Benfica quer reaver boa parte do investimento financeiro que fez no jogador e esse tem sido o ponto difícil de alcançar nas conversas mantidas com vários clubes. Se antes não surgir uma solução interessante — Cabral continua a ser pretendido, por exemplo, no Brasil —, a presença do Benfica no Mundial de Clubes, com início a 14 de junho, pode ser boa montra para potenciar Arthur Cabral. A competição será jogada nos EUA, de onde o jogador já recebeu algumas sondagens de clubes. Seja como for, a história de Arthur Cabral no Benfica, tudo o indica, está a chegar ao fim, apesar de ter contrato até 2028.
