O Tribunal de Instrução número 1 de Barcelona já recebeu do Ministério Público o processo em que vários ex-dirigentes do Barça, e também o próprio clube, são acusados de corrupção e fraude desportiva no âmbito do chamado ‘caso Negreira’. Em causa estão 7 milhões de euros que, entre 2016 e 2018, saíram dos cofres do clube e entraram nas contas da empresa DASNIL 95 SL, ligada a José María Negreira, antigo árbitro catalão (entre 1975 e 1992) e ex-vice-presidente do Comité Técnico de Arbitragem (entre 1994 e 2018). Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell, antigos presidentes do clube, são acusados de um delito de corrupção continuado em negócios na modalidade de fraude desportiva e ainda de um delito de administração desleal e falsificação de documentos. Formalmente acusados foram também os ex-administradores Óscar Grau e Albert Soler, assim como o próprio Barcelona, enquanto pessoa jurídica. Na acusação, a que o El Mundo teve acesso, o Ministério Público acusa o Barcelona de estabelecer e manter «um acordo verbal estritamente confidencial com o acusado Enríquez Negreira a fim de, através do seu cargo de vice-presidente do Comité Técnico de Arbitragem e a troco de dinheiro, tomar ações a favor do Barcelona nas decisões dos árbitros nos jogos em que o clube participasse e, desta forma, nos resultados das competições».