8 setembro 2024, 23:12
Rui Costa explica prejuízo da SAD com as vendas depois do Europeu
Presidente do Benfica justificou o resultado a vermelho de 31,4 milhões de euros
Passivo aumenta e capitais próprios registam quebra; menos receita e mais despesa
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários revelou este domingo o Relatório e Contas anual da Benfica SAD, que apresenta um prejuízo de €31,3 milhões em 2023/24. Na época anterior, tinha sido apresentado lucro de €4,2 milhões, sendo, por isso, registado um decréscimo de €35,6 milhões em relação a 2022/23.
O Benfica justifica este prejuízo com a redução dos rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) — €179 milhões, menos €16 milhões do que na época passada — e dos resultados com transações de direitos de atletas, que significaram um encaixe de €58,4 milhões, contra €89 milhões no anterior exercício; uma quebra, portanto, de 18 por cento.
8 setembro 2024, 23:12
Presidente do Benfica justificou o resultado a vermelho de 31,4 milhões de euros
Entende o Benfica que os «resultados com transações de direitos de atletas foram muito influenciados pelo facto de não se ter efetuado nenhuma operação até ao final do exercício [30 de junho], em parte em consequência do Campeonato da Europa ter protelado a atividade no mercado de transferências». Nesta linha de análise, defende a SAD que se «as principais transações com direitos de atletas que decorreram no início da época 2024/25 tivessem sido realizadas no final do exercício de 2023/24», casos das vendas de João Neves, Neves e Morato, «teria obtido resultado positivo neste período».
Em relação à redução dos rendimentos operacionais e à variação negativa relativamente ao período homologo é, justificada pelo decréscimo das receitas no segmento Media TV, em consequência da redução dos rendimentos provenientes de prémios distribuídos pela UEFA.
Os gastos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) ascendem a €252,2 mihões, o que corresponde a um crescimento de 2,6% face ao período homólogo, «justificado pelo acréscimo verificado na rubrica de amortizações e perdas de imparidades de atletas».
Refira-se, também, que o documento detalha que os gastos com o pessoal diminuíram de €114 milhões para €110 milhões, mas que se regista um aumento dos gastos com os fornecimentos e serviços externos de €82 milhões para €86 milhões.
O ativo situa-se agora nos €565,2 milhões, um aumento de €7,4 milhões face ao ano anterior; o passivo é de €483,4 milhões, quando no exercício anterior fora de €444,6 milhões.
Os capitais próprios situam-se nos €81,9 milhões, o que representa uma queda de 27,7 por cento relativamente aos €113,2 milhões do ano passado.