Mikel Arteta, treinador do Arsenal, admitiu há dias, numa entrevista ao jornal espanhol Marca, a enorme frustração por ter deixado escapar o título inglês de 2022/2023, após os gunners terem liderado durante largos meses a classificação, sendo ultrapassados na fase final pelo Manchester City. «Ainda hoje me custa não termos ganho a Premier League, após 10 meses a lutar com o Man. City», reconheceu o técnico espanhol, de 41 anos, que prometeu reforços para atacar a nova temporada. Pois bem, o avançado alemão Kai Havertz (ex-Chelsea) está certo, a troco de 75 milhões de euros. E segue-se, de acordo com o The Athletic, Declan Rice, médio do West Ham, autor de cinco golos e três assistências na última época, por um valor fixo de 116 milhões de euros, mais seis milhões de euros mediante objetivos (o capitão dos hammers tornar-se-á, assim, na transferência mais cara da história envolvendo um jogador inglês). Mais: o clube londrino, num ápice, vai investir quase 200 (!) milhões de euros em dois jogadores. Segundo Fabrizio Romano, especialista em mercado, e apesar de Declan Rice ser a prioridade, o Arsenal já tem outro alvo em mira: o central neerlandês Jurrien Timber, de 22 anos, que poderá chegar do Ajax (47 partidas em 2022/2023) por um valor de 45 milhões de euros que poderá chegar aos 50 milhões mediante o cumprimento de objetivos por parte do defesa. Na senda de Chapman, Wenger... Começa a ganhar contornos de obsessão para o Arsenal voltar a vencer um troféu que lhe escapa há 19 anos e, caso consiga a proeza, Mikel Arteta passará a figurar ao lado de outros dois técnicos que marcaram a história do emblema fundado em 1886: a lenda Herbert Chapman, o inventor da revolucionária tática WM em 1932 (aproveitando a alteração da lei do fora de jogo) - sistema muito apreciado por Cândido de Oliveira, um dos fundadores de A BOLA -, que levou o Arsenal a ganhar três campeonatos seguidos (1932/33, 1933/34 e 1934/35) e uma Taça de Inglaterra (1935/36); o francês Arsène Wenger, que dirigiu o clube de 1996 a 2018, estando ao leme da equipa dos invencíveis, na qual se destacaram, entre outros, Sol Campbell, Ashley Cole, Vieira, Bergkamp, Pires, Ljungberg e Henry, campeã em 2003/04, única formação a conquistar um título invicto (26 vitórias e 12 empates em 38 jogos) na história da Premier League. Mikel Arteta não desdenharia cometer igual façanha, mas superar o amigo e compatriota Pep Guardiola (cinco vezes campeão de Inglaterra em sete temporadas nos citizens), do qual foi adjunto no Manchester City entre julho de 2016 e dezembro de 2019, será, certamente, o maior troféu do espanhol de 41 anos. Kai Havertz e, ao que tudo indica, Declan Rice e Jurrien Timber, podem contribuir nesse sentido, na certeza de que irão proporcionar mais soluções ao Arsenal, que conta com o contributo do médio português Fábio Vieira.O defesa-esquerdo Nuno Tavares, que foi emprestado ao Marselha na temporada que agora terminou, vai regressar a Londres, mas, em princípio, não será aposta de Mikel Arteta para 2023/24.
