Início de jogo morno em Portimão, tarde de muito sol no relvado a contrastar com o frio oriundo das bancadas despidas de público. A baixa intensidade colocada pelas duas equipas tornou tudo demasiado previsível, com pouco rasgo, o que prejudicou o espetáculo. Entre o marasmo dos minutos iniciais, nota, ainda assim, para a maior objetividade do Arouca, com simplicidade de processos, a conseguir aproximar-se da baliza de Nakamura em algumas ocasiões. Algumas ameaças, mas pouco perigo real. À exceção de um remate de longa distância de David Simão (16’) que acabou por ser travado pelo… peito de Nakamura, poucas foram as vezes em que os protagonistas conseguiram galvanizar o pouco público. O Portimonense, com um setor defensivo muito povoado, foi resistindo ao maior assédio arouquense com alguma naturalidade. Essa, aliás, pareceu ser a fórmula de Paulo Sérgio para tentar superar aquela que foi uma das grandes surpresas da Liga esta época. Resistir, não desmontar o consistente bloco defensivo e apostar na velocidade dos alas (Seck e Moufi) para criar desequilíbrios nos corredores. Boas ideias que acabariam por não passar disso mesmo, pois era o Arouca que ia carregado. Quase sempre em remates de longa distância (Alan Ruiz, aos 27’, esteve perto de festejar mas Nakamura voltou a levar a melhor) e da velocidade de Sylla, um ala com enorme ritmo competitivo. A primeira parte terminou e não deixou muitas saudades. Aguardava-se uma reação (mais forte) do Arouca que via o seu concorrente direto, o Vitória de Guimarães, a sofrer pesada derrota no Dragão. E ela aconteceu. De forma determinada e afirmativa com dois golos em quatro minutos. Primeiro por Antony e o segundo numa infelicidade de Park. Dois golos em que Alan Ruiz foi decisivo. No primeiro assiste de forma brilhante o brasileiro e o segundo acaba por acontecer num remate forte e cruzado à baliza de Nakamura. Uma entrada… demolidora do Arouca que, nesta altura, podia respirar de alívio face à desvantagem do Vitória de Guimarães no terreno do FC Porto. E a partir daqui foi controlo total arouquense e passividade aflitiva da defesa algarvia. Sucederam-se as ocasiões de golo (Mújica que o diga…) e do lado do Portimonense só mesmo Róchez (60’) conseguiu colocar Arruabarrena à prova. Pouca história no jogo e muita para o Arouca que conseguiu uma 5.ª posição que coloca os arouquenses na 3.ª eliminatória da Liga Conferência. Veja o resumo: